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Pyongyang reafirma programa espacial, 1 ano após lançamento de satélite

12/12/2013 09h20

Seul, 12 dez (EFE).- A Coreia do Norte reiterou nesta quinta-feira sua vontade de prosseguir com sua corrida espacial no aniversário da colocação em órbita de seu primeiro satélite, um marco histórico para o país que, no entanto, recebeu uma ampla condenação internacional por supostamente encobrir um teste de mísseis.

O regime comunista de Kim Jong-un deixou clara mais uma vez sua postura em um editorial do jornal estatal "Rodong", no qual defendeu continuar buscando a conquista do espaço "com fins pacíficos" como um dos motores do "desenvolvimento econômico" do país.

No editorial, Pyongyang aproveitou para voltar a criticar as sanções que a ONU impõe a seu programa espacial.

Em 12 de dezembro de 2012, a Coreia do Norte lançou o foguete de longo alcance Unha-3, que conseguiu colocar em órbita o satélite de observação Kwangmyongsong-3, somando-se assim ao limitado grupo de cerca de dez países que conseguiram colocar um destes dispositivos no espaço.

A pedido de Coreia do Sul e Estados Unidos, a comunidade internacional condenou amplamente a ação norte-coreana ao considerá-lo um teste encoberto de mísseis, fato vetado expressamente ao regime de Kim Jong-un por resoluções anteriores da ONU.

Como consequência do lançamento, o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs em janeiro novas sanções ao país comunista, entre elas, o congelamento de ativos do Comitê Coreano de Tecnologia Espacial encarregado do lançamento e de outros organismos norte-coreanos.

Desde o lançamento do Unha-3 em 2012, a Coreia do Norte quase não fez referência em seus meios de comunicação estatais à atividade do satélite, o que segundo especialistas sul-coreanos poderia indicar que não funciona corretamente.

Os lançamentos de satélites por parte de Pyongyang, que já acumulava três tentativas fracassadas antes do definitivo, são uma das principais fontes de tensão com Seul e Washington, junto ao programa de desenvolvimento de armas nucleares do Estado governado por Kim Jong-un.

Tanto Coreia do Sul como os EUA e grande parte da comunidade internacional temem a possibilidade de que o imprevisível regime totalitário da Coreia do Norte consiga instalar ogivas nucleares em mísseis de médio e longo alcance, algo que não teve sucesso até o momento, segundo a maioria dos especialistas.