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Espanha, Portugal e Brasil se unem para promover doutorados e pesquisas

30/09/2014 09h57

Salamanca (Espanha), 30 set (EFE).- A Universidade de Salamanca (USAL), na Espanha, o Instituto Politécnico do Porto (Portugal) e institutos politécnicos do Brasil desenvolverão programas conjuntos de doutorado e de pesquisa e facilitarão o intercâmbio entre estudantes e professores.

O vice-reitor de Pesquisa e Transferência da USAL, Juan Manuel Corchado, explicou esses programas hoje em entrevista coletiva em Salamanca na qual evidenciou o interesse da instituição acadêmica de se transformar em uma "ferramenta" para o desenvolvimento de programas de doutorado no Brasil, como já vem fazendo no Porto.

Destacou que o convênio que estabelecerá as bases para a criação de doutorados conjuntos abre "grandes possibilidades", pois os institutos politécnicos do Brasil reúnem cerca de 500 sedes no país e mais de 1 milhão de alunos.

Em relação às áreas nas quais serão desenvolvidas as pesquisas, o vice-reitor citou, entre outras, a agrícola, a industrial, a de engenharia e a veterinária.

Além disso, lembrou que a USAL é a universidade espanhola que conta com mais estudantes brasileiros, de modo que cerca de 500 estão matriculados neste período acadêmico, enquanto a Escola de Doutorado conta com 2 mil professores e 2,6 mil alunos.

Este fortalecimento das relações acadêmicas do outro lado do Oceano Atlântico vai permitir, segundo Corchado, que o Parque Científico da instituição acadêmica de Salamanca se transforme em um "polo de inovação aberto no campo das tecnologias da informação e da comunicação (TIC), da ciência, do laser e do castelhano com o Brasil como parceiro de referência".

Por sua vez, o vice-reitor de Pesquisa do Instituto Politécnico do Porto, Carlos Ramos, afirmou que a relação entre o centro português e a USAL já vem há vários anos e que, nesse contexto, está o projeto conjunto em pesquisa artificial dotado com 2 milhões de euros e que se desenvolverá em coordenação com grupos da Coreia do Sul e dos EUA.

Finalmente, o reitor do Instituto Federal de Goiás (IFG), Jerônimo Silva, declarou que está convencido que a parceria com a USAL oferecerá novas oportunidades para fomentar a formação dos docentes, além de "abrir nichos de oportunidades" para a pesquisa conjunta.