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Bermudas se prepara para a passagem do furacão "Gonzalo"

15/10/2014 19h36

Miami (EUA) 15 out (EFE).- O arquipélago das Bermudas, no Atlântico Norte, prepara-se para o possível impacto do poderoso furacão "Gonzalo", que caiu para a categoria 3 com ventos máximos sustentados de 205 km/h e avança rumo a essas ilhas causando grandes ondas e fortes ressacas.

As Bermudas estão agora sob "advertência" de furacão e as autoridades deste território britânico de ultramar, em frente à costa leste americana, pediram à população que siga todas as instruções e se mantenha atenta à passagem do ciclone.

"Parece que 'Gonzalo' terá um impacto direto na ilha", disse hoje em entrevista coletiva o primeiro-ministro das Bermudas, Michael Dunkley, ao informar das medidas tomadas, entre elas a abertura de um refúgio a partir de amanhã e o fechamento de repartições públicas e escolas a partir de sexta-feira.

"As pessoas estão muito nervosas com esta tempestade, especialmente depois da anterior ('Fay', que passou na semana anterior). Sem dúvidas, desta vez estaremos prontos e preparados adequadamente", disse ao jornal "The Royal Gazette" Mark Stearn, gerente geral de uma rede de armazéns.

Esse mesmo jornal informou que estão previstos voos adicionais do Aeroporto Internacional LF Wade, na capital do arquipélago, Hamilton, para que os visitantes possam abandonar estas turísticas ilhas antes da chegada do furacão.

"Gonzalo", já de categoria 3, chegou a se transformar hoje no primeiro furacão de categoria 4 da temporada na bacia atlântica.

Embora não haja certeza que seu centro toque terra nas Bermudas, o cone de projeção de sua trajetória indica que impactará neste arquipélago, destacou à Efe Dennis Feltgen, porta-voz da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA).

Na atual temporada de furacões no Atlântico, que começou em 1º de junho e terminará em 30 de novembro, se formaram sete tempestades tropicais, das quais seis se transformaram em furacão, e dois deles, "Edouard" e "Gonzalo", alcançaram a categoria 3 e 4, respectivamente.

Feltgen ressaltou que, até o momento, o número de tempestades e furacões se situa "abaixo da média" por temporada.