Japoneses desenvolvem seda super-resistente com genes de insetos
Pesquisadores japoneses desenvolveram uma seda super-resistente, útil ao setor têxtil e ao médico, combinando genes de aranhas e bicho-da-seda por meio da engenharia genética.
A chamada "Spider Silk" (seda de aranha), material mais forte e suave do que a seda convencional, foi criada por pesquisadores da Universidade de Shinshu, informou o jornal Asahi.
Masao Nakagaki, professor da Faculdade de Ciência Têxtil e Tecnologia da universidade, foi o primeiro a implantar, em 2007, genes de aracnídeos em vermes, que, posteriormente, produziram a seda que continha componentes presentes nas teias de aranha.
Após vários anos de pesquisa, chegaram a um ponto no qual a "seda da aranha" contém, pelo menos, 20% dos componentes das teias. Com isso, alguns protótipos de meias soquetes já foram desenvolvidos com este material.
Além do setor têxtil, espera-se que este tipo de seda híbrida tenha aplicação na fabricação de fio cirúrgico e vasos sanguíneos sintéticos.
A fim de desenvolver comercialmente a criação, a universidade conseguiu um acordo com o governo de Kyotango. Segundo o Asahi, ambas as instituições se comprometem a colaborar em áreas de desenvolvimento industrial, capacitação de profissionais, pesquisa acadêmica e uso das instalações para a produção comercial da seda.
Em 2013, outra empresa japonesa, Spiber, decidiu apostar por um produto similar, o fio de aranha, que emprega um processo diferente para ser obtido. Após seis anos de pesquisas, a companhia conseguiu extrair de micro-organismos o gene das aranhas encarregadas de produzir a fibra do fio, para, posteriormente, decodificá-lo, reproduzi-lo e cultivá-lo mediante a biotecnologia, conforme detalhou a empresa.
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