Dia 30 de junho terá um segundo a mais de duração
A próxima terça-feira, 30 de junho, terá um segundo a mais de duração, para compensar as pequenas variações que se acumulam ao longo do tempo e produzem uma defasagem entre o período de rotação da Terra e as 24 horas do dia.
A decisão foi tomada pelo Serviço Internacional de Rotação Terrestre, sediado em Paris, em um boletim divulgado no começo do ano, explicou à Agência Efe Francisco Colomer, do Observatório Astronômico Nacional da Espanha (OAN).
O último minuto do dia 30 de junho terá 61 segundos. No caso do fuso horário de Brasília, este segundo a mais será incluído às 20:59.
A necessidade de acrescentar um segundo adicional se deve a minúsculas variações da duração do dia que se acumulam, por a Terra não ser um sólido rígido. A rotação do globo é afetada pelo acoplamento de núcleo, manto líquido, oceanos, atmosfera.
Esses acúmulos produzem uma defasagem entre o Tempo Universal Coordenado, que é o tempo atômico em que se baseia a hora dos nossos relógios, e o tempo de rotação terrestre, que toma como referência a posição do Sol, explicou Colomer.
A invenção dos relógios atômicos permitiu uma medição do tempo muito mais precisa, e em 1970 um acordo internacional reconheceu a existência de duas escalas de tempo: o período de rotação do planeta e o Tempo Universal Coordenado (UTC).
O Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência Saltar, estabelecido em 1987 pela União Astronômica Internacional e pela União Internacional de Geodésia e Geofísica, é a organização que observa a diferença entre as duas escalas e assinala quando o UTC deve ter um segundo de salto.
"Com este ajuste conseguimos que a diferença entre ambas as escalas de tempo seja sempre inferior a um segundo", disse Colomer.
Assim como quando nosso relógio adianta ou atrasa devemos ajustá-lo, também devemos reajustar o "relógio" do Tempo Universal Coordenado, que rege a hora oficial de todos os países do mundo.
A última vez em que houve um segundo de salto no UTC foi em 1º de janeiro de 2009, lembrou Colomer.
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