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Cientistas descobrem nova molécula que tem implicações em Alzheimer

Em Londres

31/08/2015 13h33

Pesquisadores franceses e alemães detectaram um novo peptídeo ativo, um tipo de molécula formada pela união de vários aminoácidos, que tem implicações no desenvolvimento da doença de Alzheimer, indicou um estudo publicado nesta segunda-feira (31) pela revista "Nature".

O amilóide-(eta) passou despercebido durante décadas para os cientistas, que agora acreditam que na verdade ele tem um papel relevante na inibição dos neurônios do hipocampo cerebral.

O Alzheimer está associado com a aparição de placas amilóides no cérebro, apesar de até agora a pesquisa ter se centrado no estudo do beta-amilóide, o principal componente dessas placas.

O acúmulo deste peptídeo, sintetizado a partir da Proteína Precursora Amilóide (APP), também altera as funções neuronais, uma descoberta que pode ter implicações em alguns ensaios clínicos.

O grupo liderado por Michael Willem, da universidade alemã Ludwig-Maximilian, sugere que o amilóide-(eta), produzido pelo próprio cérebro, está associado com o surgimento de agregados neurotóxicos no hipocampo, uma anomalia que mais tarde se estende por todo o cérebro.

A partir de estudos em ratos e em pacientes de Alzheimer, os pesquisadores concluíram que esse peptídeo pode diminuir a capacidade do cérebro de reter informação.

O funcionamento de ambos peptídeos é, no entanto, diferente: enquanto o já conhecido beta-amilóide volta aos neurônios hiperativos, o amilóide-(eta) torna-os mais difíceis de serem estimulados.