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Estudo vincula exposição de grávidas a pesticidas aos problemas de nascença

Getty Images
Imagem: Getty Images

Em Londres

29/08/2017 15h05

Um estudo divulgado nesta terça-feira (29) pela revista "Nature Communications" vincula a exposição das mulheres grávidas aos pesticidas com anomalias em bebês recém-nascidos, apenas quando o contato com esses produtos químicos ocorre em altos níveis.

A pesquisa foi realizada por um grupo de especialistas da Universidade da Califórnia (Estados Unidos), que avaliou os dados extraídos da zona do Vale de São Joaquim, na Califórnia, um entorno eminentemente agrícola.

Segundo indica a citada publicação britânica especializada, até a data os estudos científicos prévios mostraram que os trabalhadores do setor agrário sofriam com efeitos negativos na saúde derivados do contato com os pesticidas usados.

Mas não ficava claro como isso afetava exatamente esses indivíduos que vivem ao lado de áreas agrícolas.

A especialista Ashley Larsen e um grupo de colegas examinaram a relação entre a exposição aos pesticidas e os nascimentos após analisarem 500 mil partos ocorridos entre 1997 e 2011 junto com os níveis de pesticidas usados na zona do Vale de São Joaquim.

Para chegar a esses achados, os especialistas se centraram no peso que os bebês tinham ao nascer, na idade gestacional e nas anomalias que sofriam.

Segundo os resultados da pesquisa, a exposição a níveis muito elevados de pesticidas durante a gravidez aumenta, entre 5% e 9%, a probabilidade de parto com problemas, relacionados com fatores como o peso do bebê, a idade gestacional, e possíveis anomalias.

Os especialistas consideram que com a aplicação de políticas adequadas, centradas naquelas pessoas que estão em situação de risco, podem reduzir as anomalias detectadas nos partos em consequência da exposição da mãe a pesticidas durante a gravidez.