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Quase 5% dos bebês italianos são de mães com mais de 40 anos

Da Ansa, em Milão

30/07/2007 11h40

Na Itália, quase cinco crianças de cada cem (4,6%) nascem de mães com mais de 40 anos de idade. Mas existem picos de 7,2%, como na Sardenha, e índices acima dos 6% em algumas grandes cidades, como Bolonha, Florença, Gênova e Roma, que tornam a Itália o primeiro país ocidental em partos acima dos 40 anos.

A informação foi obtida em uma pesquisa conduzida por Francesco Billari, demógrafo e diretor do Centro de Pesquisa de Dinâmicas Sociais da Universidade Bocconi de Milão, publicada na revista "Population and development".

Segundo o estudo, cujos dados são relativos ao ano de 2005, em todos os países avançados é cada vez mais freqüente que os primogênitos nasçam de mães com mais de 40 anos.

"Um tipo de informação que prometa 'milagres' em relação às técnicas de reprodução assistida pode iludir as mulheres de que é possível esperar mais tempo pela chegada do parceiro ideal, enquanto se concentram na carreira, atingem uma segurança e um bom nível de vida antes de se tornarem mães, sem entender o quão difícil e passível de falhas é o processo de inseminação artificial", explica um comunicado da Universidade Bocconi.

"Com as mulheres de 35 anos, temos resultados negativos em 60% das vezes, e dos 40 anos em diante o percentual de falha chega a 85%", acrescenta o texto.

"O contínuo adiamento da primeira maternidade se revela como uma das causas da baixa fecundidade observadas do mundo ocidental, e em um breve período os desenvolvimentos da medicina, ainda que possam trazer melhoras marginais, sozinhos não serão capazes de reverter esta tendência", conclui Billari.