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Obesidade abdominal ainda é fator de risco pouco valorizado por médicos

da Redação

26/09/2007 10h08

Resultados de uma pesquisa conduzida em 28 países, incluindo o Brasil, mostram que os médicos estão mais conscientes dos riscos associados ao diabetes e às doenças do coração, mas ainda são poucos os que dão a devida atenção a fatores como o excesso de gordura ao redor da cintura, o baixo nível de colesterol bom (HDL) e o nível elevado de triglicérides.

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A pesquisa, feita com 11 mil pessoas, mostrou que apenas 24% dos clínicos reconhecem a gordura na abdominal como um fator que predispõe a doenças metabólicas e cardiovasculares. Somente 24% deles citam a taxa de triglicérides como aspecto de risco, e 12% consideram que os níveis baixos do colesterol bom são um ponto importante.

Segundo evidências recentes, para se ter um coração saudável é preciso verificar cinco características: circunferência abdominal, taxa de açúcar no sangue, colesterol bom e ruim, triglicérides e pressão arterial.

A pesquisa, batizada de 'Forma das Nações', é realizada todos os anos pela farmacêutica Sanofi-Aventis, em conjunto com a Federação Mundial do Coração, a Associação Internacional para o Estudo da Obesidade e a Federação Internacional de Diabetes. Sua divulgação coincide com o Dia Mundial do Coração, celebrado no próximo domingo.

Informação

De acordo com as entrevistas realizadas, 80% dos médicos acreditam que seus pacientes não estão bem informados sobre como reduzir os fatores de risco para doenças cardiovasculares e metabólicas. No Brasil, o índice é de 10%.

Já a percepção dos pacientes é diferente: entre a população geral avaliada, 46% dos entrevistados disseram que se sentem bem informados.

Apesar dos importantes avanços na redução dos fatores de risco bem reconhecidos, como tabagismo, colesterol elevado, pressão alta e diabetes, estima-se que quase um terço de todas as mortes, a cada ano, tenha como causa as doenças do coração.