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Olhos também precisam de proteção solar

Da Redação

12/01/2008 09h04

Não é só a pele que deve ser protegida do sol. A exposição dos olhos aos raios ultravioleta pode provocar queimaduras na córnea ou na retina e, com o passar dos anos, pode aumentar o risco de catarata e degeneração da retina.

Segundo o oftalmologista Renato Neves, diretor do Eye Care Hospital de Olhos, investir em bons óculos de sol não é capricho. Mas é preciso saber a procedência dos acessórios e exigir o adesivo ou o certificado do filtro anti-UV. "As lentes devem ter pelo menos 99% de proteção e muitos dos óculos vendidos em camelôs têm apenas 60 ou 70%", alerta o médico. Se a loja contar com um aparelho que mede o nível do filtro, melhor ainda.

Neves explica que usar um óculos de segunda pode ser pior do que não usar nada, já que no escuro as pupilas se dilatam, aumentando o prejuízo aos olhos. "A pessoa pensa que está protegida e se expõe mais ao sol", explica.

Os danos dos raios ultravioleta são cumulativos, mas seu efeito sobre a córnea ou à retina também pode ser agudo: "Os sintomas são vermelhidão, ardor e a sensação de areia nos olhos. Em alguns casos chega a doer bastante", descreve. Compressas geladas de água pura ou boricada, chá de camomila e um colírio lubrificante indicado pelo médico podem aliviar os sintomas.

Lentes que distorcem a imagem são outro problema comum em óculos de baixa qualidade e facilmente detectado pelo usuário. "A pessoa fica com dor de cabeça e enjôo, mas não há prejuízo definitivo", diz.

Cores e conforto

De acordo com o oftalmologista, as cores das lentes não aumentam ou diminuem a proteção aos raios solares. Mas podem aumentar o conforto em determinadas atividades.

Para dirigir ou fazer caminhadas, por exemplo, o ideal é usar lente âmbar ou marrom, que intensifica a cor do asfalto. As lentes azuis ou verdes são uma boa opção para a praia, por causa do contraste com o mar. As amarelas, para quando há pouca luz. E as cinzas são curingas, podem ser usadas no dia-a-dia.