Topo

Advogado do Congresso diz que não autorizar pesquisas é entregá-las à clandestinidade

Da Agência Brasil

05/03/2008 16h00

O advogado do Congresso Nacional, Leonardo Mundim, defendeu, há pouco, no Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), o uso de células-tronco embrionárias para pesquisas e disse que o Legislativo apóia a tese baseado em três fatores: responsabilidade, estímulo à atividade científica e esperança.

Na opinião de Mundim, não autorizar as pesquisas com células-tronco embrionárias seria entregá-las à "clandestinidade", à margem da regulação do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "É mais razoável manter as pesquisas sob a luz da regulamentação", argumentou.

O advogado comentou que os estudos com células adultas já tiverem suas possibilidades "quase esgotadas" após 40 anos de pesquisas e utilização. Segundo Mundim, até hoje, os cientistas não conseguiram transformá-las em neurônios funcionais, o que seria possível com as células de embriões.

Mundim lembrou que "há pessoas que não podem mais esperar", em referência a pacientes que seriam beneficiados com as pesquisas. "Faz parte da condição humana superar os limites que a natureza nos impôs", afirmou.