Topo

Julgamento não pode ser visto como embate entre ciência e Igreja, argumenta CNBB

Da Agência Brasil

05/03/2008 15h30

Ao defender a inconstitucionalidade do artigo da Lei de Biossegurança que permite o uso de células-tronco embrionarias em pesquisas, Ives Gandra Martins, advogado da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que o julgamento não deve ser tratado como um embate entre a Igreja e a ciência.

Ele argumentou que a ciência é uma das principais preocupações da Igreja. " A Academia de Ciência do Vaticano tem apenas 29 Prêmios Nobel", destacou.

Gandra afirmou que a idéia de que as células-tronco embrionarias seriam mais eficazes que as células adultas "está superada" e classificou como "fracassos" os resultados de dez anos de pequisas com células embrionárias. "Pesquisas sem nenhum resultado positivo", apontou.

O advogado pediu que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não "confundam" a Constituição com a legislação civil. De acordo com Gandra, apesar de o Código Civil prever direitos a partir do nascimento, a Constituição garante "a inviolabilidade jurídica ao ser humano".