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Semente de palmeira encontrada em Masada é a mais antiga que já brotou

Por Henry Fountain<br>The New York Times

24/06/2008 16h59

Cientistas em Israel confirmaram que uma antiga semente de palmeira recuperada dos entulhos de Masada e germinada com sucesso tem aproximadamente 2.000 anos. Isso a torna a semente mais antiga a brotar, vencendo a bem documentada detentora do recorde anterior, uma lótus encontrada em um lago seco na China, com aproximadamente 700 anos.

A semente de palmeira estava entre muitas outras obtidas na década de 1960 pelos arqueólogos que escavaram Masada, a fortaleza do Deserto da Judéia construída por Herodes em cerca de 35 a.C. e destruída pelos romanos em 73 d.C. Em 2005, três sementes foram plantadas por Sarah Sallon do Centro de Pesquisa de Medicina Natural Louis L. Borick, parte da Organização Médica Hadassah em Jerusalém.

Uma semente germinou e, três anos depois, Sallon e colegas relataram na "Science" que a planta resultante estava saudável e com mais de três pés de altura. Testes de radio carbono em fragmentos de casca das sementes obtidas quando a planta estava com 15 meses mostram que ela á datada do tempo de Masada.

Os pesquisadores dizem que as altas temperaturas do verão e a falta de chuva no deserto podem ter ajudado a manter a semente viável por tanto tempo, ao reduzir a criação de radicais livres, que causariam danos oxidantes.

A região do Mar Morto da Judéia, por volta do primeiro século d.C., era conhecida por suas palmeiras que produziam frutos de alta qualidade, mas com o passar dos séculos essa linha de plantas foi perdida. Análises genéticas da semente germinada ofereceram apenas informação limitada sobre a antiga linhagem. Os pesquisadores dizem precisar de mais sementes para entender melhor o que tornava essas velhas palmeiras tão boas.