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The New York Times: Em pessoas mais velhas, derrames podem passar despercebidos

Eric Nagourney<br>The New York Times

20/05/2009 19h50

Você pode achar que a melhor maneira de saber se alguém já teve um derrame seria simplesmente perguntar. Porém, pesquisadores descobriram que, ao menos entre pessoas mais velhas, informações precisas sobre o assunto nem sempre são úteis.

Escrevendo na publicação especializada "The Archives of Neurology", os pesquisadores relatam que, embora muitos pacientes digam nunca terem sofrido um derrame, leituras de ressonância magnética de seus cérebros muitas vezes contam uma história diferente.

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Quando os pesquisadores, comandados pela Dra. Christiane Reitz, do Centro Médico da Universidade de Columbia, questionaram mais de 700 pacientes, com mais de 65 anos, a respeito de seu histórico de derrames, 85 disseram nunca terem tido. Entretanto, quando examinaram imagens de ressonância magnética de seus cérebros, descobriram sinais de que o número real era de 225.

Os pacientes com maior probabilidade de errar em seu histórico são aqueles com problemas cognitivos ou de linguagem, pressão alta, ou que já tiveram um ataque cardíaco.

As descobertas, segundo o estudo, têm implicações para outra pesquisa sobre derrames, e sugerem que os pesquisadores podem não se basear apenas no relato particular de um paciente.

Porém, também existem lições de médicos tratando pacientes.

Se alguém chega reclamando de problemas de memória, por exemplo, o médico pode tratá-lo de uma forma, caso o paciente tenha um histórico de derrame. E de outra, caso ele diga nunca ter tido um, segundo Reitz.