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Aderência à Lei Seca aumentou entre estudantes paulistas e cariocas, diz pesquisa

Do UOL Ciência e Saúde<br>Em São Paulo

08/07/2009 15h34

Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), mostra que metade dos jovens paulistas e cariocas evitam pegar o carro depois de beber. Em 2007, quando levantamento semelhante foi realizado, o índice era de 36%. E no ano passado, quando houve a implementação da Lei Seca, o índice foi de 37%.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ser necessário ampliar a informação e a repressão para evitar que motoristas associem álcool e direção. Em audiência na Câmara dos Deputados para fazer um balanço de um ano da lei seca, ele disse que nos primeiros meses da vigência da regra houve uma redução significativa do número de motoristas que dirigiam depois de ingerir bebida alcoólica. Mas uma pesquisa feita por telefone pela pasta, batizada de Vigitel, mostrou que esse número pouco a pouco voltou a crescer. Em março, 1,9% dos entrevistados diziam que dirigiam depois de beber - número maior do que o apresentado em agosto de 2008: 0.9%. Leia mais
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Foram entrevistados 1.033 estudantes de sete universidades paulistas e seis do Rio de Janeiro. Os resultados completos do estudo serão apresentados nesta quinta-feira (9), durante o XXI Congresso Internacional de Ortopedia e Traumatologia, no Rio de Janeiro.

Segundo a SBOT, a pesquisa também detectou que paulistas não misturam bebida com direção por motivos culturais, enquanto os cariocas confessam que reagem mais por temor à fiscalização e às multas.

O levantamento também mostra que os jovens estão mais atentos na hora de pegar carona com um amigo. Em 2007, 34% diziam se recusar a andar com um motorista que tivesse bebido. Este ano, o resultado foi de 80%.

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