Topo

Rótulos de alimentos informam sobre o glúten por causa dos celíacos

Chris Bueno<br>Especial para o UOL Ciência e Saúde

13/07/2009 07h00

Você já deve ter observado nas embalagens dos produtos industrializados a frase "contém glúten". A lei que exige a descrição existe desde 2004 e foi aprovada para orientar que sofre da doença celíaca, uma condição que prejudica o metabolismo dessa proteína encontrada no trigo, no centeio, na cevada e na aveia.

Para terem uma vida saudável, os celíacos devem dizer "não" a pães, bolos, tortas, bolachas, pizza, salgadinhos, macarrão, carnes à milanesa, achocolatados, pudins, molhos prontos e pastéis, entre outros produtos.

Para um celíaco, o glúten agride as vilosidades do intestino (responsáveis pela absorção de nutrientes), causando diarreia crônica, flatulência, perda de peso, prisão de ventre, problemas de pele, fadiga e anemia. "Quando não tratada, a doença pode resultar em dermatite, menopausa precoce, infertilidade, abortos de repetição, fadiga persistente, alterações no esmalte do dente, osteoporose e câncer", cita, ainda, a especialista em nutrição clínica Ana Cristina Thomé Ambrósio.

Assim como ler os rótulos é fundamental, é preciso tomar cuidado com a maneira como os alimentos foram preparados. O glúten é o que dá elasticidade às massas, então muitas vezes produtos aparentemente isentos contêm traços da proteína. Assim, uma receita sem glúten não pode ser feita no mesmo ambiente em que houve a produção de pães, bolos ou tortas.

A alternativa ao glúten são os produtos à base de arroz, batata, mandioca, batata e milho. "É perfeitamente possível ter uma vida normal, porém o paciente precisa seguir as orientações da dieta sempre, já que essa é sua única opção de tratamento", afirma Ambrósio. A avaliação nutricional criteriosa também é necessária para identificar as necessidades individuais para evitar possíveis deficiências.