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Mais três países conseguem limitar doença que causa cegueira

Donald G. McNeil Jr.<br>The New York Times

30/07/2009 15h45

Três países - Gana, México e Arábia Saudita - declararam recentemente terem eliminado o tracoma como um problema de saúde pública.

O tracoma é uma infecção comum das pálpebras, transmitida por insetos. Já foi muito mais comum no passado; imigrantes que chegavam a Nova York eram checados rotineiramente para verificar a presença da doença, na estação de inspeção de Ellis Island.

Se não for monitorada, as infecções incham as pálpebras e fazem com que elas se virem para dentro, e os cílios arranham o globo ocular. A maioria das infecções ocorre em crianças e nas mulheres que cuidam desses pequenos. Depois de anos de arranhões no olho, as vítimas ficam permanentemente cegas.

Os países usaram o programa de quatro etapas respaldado pela Organização Mundial da Saúde: ensinar os pais a lavar o rosto das crianças para remover suor, lágrimas e muco, que atraem os insetos; cavar latrinas cobertas para manter pequena a população de insetos; administrar doses únicas de antibióticos para eliminar infecções persistentes; e realizar cirurgias para consertar as pálpebras invertidas.

Há três anos, Irã, Marrocos e Omã alcançaram o mesmo objetivo. Já que a bactéria do tracoma nunca será erradicada, a declaração de "eliminar o tracoma que causa cegueira como um problema de saúde pública" significa que um país reduziu as infecções oculares em crianças de uma forma tão ampla que ninguém cresce e se torna cego, e que o país possui programas de cirurgia para adultos.

No entanto, cerca de 40 milhões de pessoas nas regiões quentes, secas e pobres de mais de 50 países ainda estão em risco.

Tradução: Gabriela d'Avila