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Risco de câncer pode ser maior para hispânicos que se mudam para os EUA

Oluwanifemi Mabayoje<br>The New York Times

12/08/2009 20h28

Hispânicos que se mudam para os Estados Unidos têm 40% mais tendência de desenvolver certos tipos de câncer em relação às pessoas que permanecem em seus países de origem, apontou um estudo realizado pela Miller School of Medicine, da Universidade de Miami, e conduzido na Flórida, um estado com uma população hispânica diversificada.

Pesquisadores especulam que uma razão para o possível aumento no risco de desenvolver câncer é que os imigrantes rapidamente passam a adotar hábitos alimentares e um estilo de vida menos saudável, como um maior consumo de bebidas alcoólicas, após a mudança para os Estados Unidos.

Também é possível que medidas agressivas de diagnóstico nos Estados Unidos resultem numa maior detecção do câncer, em comparação a outros países.

O estudo analisou dados de 301.944 casos de câncer relatados no sistema de dados sobre a doença na Flórida, de 1999 a 2001. O trabalho foi publicado este mês no jornal "Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention".

Apesar do aumento observado nos índices de desenvolvimento de câncer, hispano-americanos da primeira geração que moram na Flórida ainda têm índices da doença em geral baixos, em comparação a brancos ou negros moradores do Estado. Para dois tipos de câncer - de estômago e, mas mulheres, de fígado -, os índices diminuíram.

O câncer de estômago, segundo observação dos pesquisadores, está relacionado a métodos de preservação de alimentos frescos, ao sal e ao consumo de vitamina C.

Tradução: Gabriela d'Avila