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África precisa de mais 800 mil profissionais de saúde para atingir metas do milênio

Sarah Arnquist<br>The New York Times

17/08/2009 20h16

Para atingir objetivos ambiciosos na melhoria da saúde de mães e crianças e na redução das mortes por Aids até 2015, a África precisa de mais 800 mil profissionais de saúde, diz novo estudo.

A África tem cerca de 30% dos 1,16 milhões de médicos, enfermeiros e parteiros de que precisa, segundo estudo publicado no dia 6 de agosto no jornal "Health Affairs". Pesquisadores estimam que custaria US$ 2,6 bilhões para remunerar os profissionais adicionais, se eles estivessem disponíveis.

As estimativas se baseiam na recomendação da Organização Mundial da Saúde de que cada país africano deveria ter pelo menos 2,28 médicos, enfermeiros e parteiros para cada mil pessoas, a fim de alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milênio.

Os autores recomendaram que agentes que elaboram diretrizes melhorem a produtividade ao usar mais trabalhadores comunitários de saúde, oferecendo incentivos para motivar e reter trabalhadores e aumentando a capacidade de treinamento.

Outro estudo sobre publicado na Health Affairs afirma que, segunda uma recente pesquisa, a maioria dos trabalhadores de saúde de Uganda relataram baixo moral e insatisfação com suas condições de trabalho e salários.

Metade dos médicos entrevistados afirmou querer deixar o país para melhorar sua situação. A evasão de cérebros - quando profissionais treinados emigram para trabalhar em países que pagam melhores salários - assola os países pobres.

Pesquisadores relatam que não existe um medo imediato de um "êxodo em grande escala" de profissionais de saúde, mas afirmam que a redução da carga de trabalho e o aumento de salários são necessários para motivar e convencer médicos e enfermeiros ugandenses a permanecer no país.

Tradução: Gabriela d'Avila