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Câncer na infância aumenta risco de diabetes na fase adulta

Roni Caryn Rabin<br>The New York Times

22/08/2009 09h35

Pessoas que sobreviveram ao câncer na infância possuem riscos muito mais elevados de desenvolver diabetes, em comparação aos irmãos, especialmente se o tratamento envolveu radiação do abdômen ou do corpo inteiro, relata um novo estudo.

Adultos que sobreviveram à leucemia mielóide após a radiação do corpo inteiro, realizada em conjunto com um transplante de medula, possuem os maiores riscos, afirma o estudo. Esses sobreviventes tiveram quase 24 vezes mais probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 quando adultos, em comparação aos irmãos. Crianças com esse tipo de leucemia, que não se submeteram à radiação, tiveram três vezes mais chances de desenvolver diabetes, em comparação aos irmãos.

Sobreviventes de câncer que foram tratados com radiação no abdômen também tiveram altos riscos de desenvolver diabetes, com sobreviventes de neuroblastoma de risco 9,2 vezes maior, e sobreviventes do linfoma de Hodgkin e tumor de Wilms, um tipo de câncer de rim, com um risco 2,7 vezes maior.

Muitos dos sobreviventes não são obesos, mas a radiação pode ter alterado a forma como eles depositam a gordura e isso contribui para o risco, disse Dr. Kevin C. Oeffinger, diretor do Programa para Sobreviventes Adultos de Câncer Infantil do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e um dos autores do estudo. As descobertas aparecem no periódico "The Archives of Internal Medicine".

Oeffinger sugere que sobreviventes de câncer observem sua alimentação e pratiquem bastante exercício físico.