Apesar do aumento em julho, desmatamento na Amazônia está em queda, diz ministro
Apesar do aumento do desmatamento na Amazônia em julho em relação ao mesmo mês de 2008, divulgado hoje (1°) pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que o desmate acumulado entre agosto de 2008 e julho de 2009 é o menor desde 2004, início da série histórica do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).
O desmatamento medido pelo Deter entre agosto de 2008 e julho de 2009 foi de 4.375 km², ante 8.147 km² do período anterior (agosto de 2007 e julho de 2008).
"O dado importante é que houve uma redução expressiva do desmatamento [acumulado]. Esse é o dado relevante. De acordo com o Inpe, a redução foi de 46% [na comparação entre 2007/2008 e 2008/2009]", afirmou.
A taxa anual de desmatamento é medida por outra metodologia, o Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), também calculado pelo Inpe, que é mais preciso que o Deter porque enxerga áreas menores. No entanto, de acordo com Minc, é possível fazer projeções para o Prodes com base nos número do Deter.
"O Prodes vai mostrar um desmatamento entre 8 mil km² e 9,5 mil km², provavelmente entre 8,5 mil km² e 9 mil km², falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", calcula.
Mais uma vez, o ministro atribuiu a redução do ritmo de devastação da Amazônia às ações de fiscalização e combate, promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança e, em menor medida, à oferta de alternativas sustentáveis para quem desmatava, como o apoio a planos de manejo, assistência técnica rural e a regularização fundiária.
"Esse ano 90% da redução foi por causa da pancada [de ações policiais]. Minha esperança é que no próximo ano pelo menos 40% seja explicada pelas medidas de desenvolvimento sustentável."
Das 317 operações do Ibama previstas para 2009, 155 foram executadas até o fim de agosto. Mais de 1.800 autos de infração foram aplicados, num total de R$ 1 bilhão em multas. No período, foram apreendidos 127 mil metros cúbicos de madeira em toras ou serrada, o suficiente para encher sete mil caminhões.
"Mesmo tendo o menor desmatamento dos últimos 20 anos, ainda apreendemos o equivalente a mil caminhões de madeira por mês. Ou seja, estamos em um purgatório, distantes de chegar a um número razoável. Mesmo com a queda, o desmatamento ainda é muito grande", avaliou Minc.
Edição: Lílian Beraldo
O desmatamento medido pelo Deter entre agosto de 2008 e julho de 2009 foi de 4.375 km², ante 8.147 km² do período anterior (agosto de 2007 e julho de 2008).
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"O Prodes vai mostrar um desmatamento entre 8 mil km² e 9,5 mil km², provavelmente entre 8,5 mil km² e 9 mil km², falo isso baseado em projeções anteriores. Vai ser o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Tenho certeza absoluta disso", calcula.
Mais uma vez, o ministro atribuiu a redução do ritmo de devastação da Amazônia às ações de fiscalização e combate, promovidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Polícia Federal e pela Força Nacional de Segurança e, em menor medida, à oferta de alternativas sustentáveis para quem desmatava, como o apoio a planos de manejo, assistência técnica rural e a regularização fundiária.
"Esse ano 90% da redução foi por causa da pancada [de ações policiais]. Minha esperança é que no próximo ano pelo menos 40% seja explicada pelas medidas de desenvolvimento sustentável."
Das 317 operações do Ibama previstas para 2009, 155 foram executadas até o fim de agosto. Mais de 1.800 autos de infração foram aplicados, num total de R$ 1 bilhão em multas. No período, foram apreendidos 127 mil metros cúbicos de madeira em toras ou serrada, o suficiente para encher sete mil caminhões.
"Mesmo tendo o menor desmatamento dos últimos 20 anos, ainda apreendemos o equivalente a mil caminhões de madeira por mês. Ou seja, estamos em um purgatório, distantes de chegar a um número razoável. Mesmo com a queda, o desmatamento ainda é muito grande", avaliou Minc.
Edição: Lílian Beraldo