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Estudo encontra riscos na prescrição "off label" de medicamentos

Roni Caryn Rabin<br>The New York Times

02/09/2009 14h16

Médicos podem usar drogas de formas não especificamente aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), uma prática chamada de prescrição "off label". Há poucas evidências científicas para apoiar usos não-aprovados. Uma nova pesquisa descobriu que muitos médicos podem nem saber o que estão prescrevendo off label.

Na média, os médicos da pesquisa identificaram corretamente o status de aprovação da FDA para apenas metade das drogas de uma lista oferecida pelos pesquisadores, segundo um estudo publicado na "Pharmacoepidemiology and Drug Safety".

A confusão foi ainda maior com drogas psiquiátricas, descobriu a pesquisa, realizada com cerca de 600 médicos. Quase um em cada cinco médicos que prescreveram quetiapina no ano anterior pensou que ela era aprovada para pacientes com demência e agitação. Entretanto, a droga nunca foi aprovada para tal uso - até trazia um aviso de traja preta alertando que o medicamento era perigoso para pacientes idosos com demência. Um em cada três médicos que usaram lorazepam para tratar ansiedade crônica pensava que ela tinha sido aprovada para esse uso. Na verdade, um aviso da FDA alerta sobre o uso para esse propósito.

O principal autor do estudo, Dr. G. Caleb Alexander, professor assistente de medicina da Universidade de Chicago, afirmou ser preocupante o fato de que usos off label não têm o mesmo nível de análises científicas que os usos aprovados pelo FDA.

Tradução: Gabriela d'Avila