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Câncer é mais difícil em pacientes separados

Roni Caryn Rabin<br>The New York Times

08/09/2009 11h33

Pacientes de câncer casados vivem mais tempo que os solteiros, presumivelmente por terem um sistema integrado de apoio, mostram mais chances de manter o tratamento, e podem inclusive ter uma saúde melhor para começar. Entre os pacientes solteiros, entretanto, aqueles que são separados no momento do diagnóstico possuem a pior expectativa de vida, segundo relata um novo estudo.

Quando os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Indiana compararam as taxas de sobrevivência de pacientes com câncer que nunca haviam se casado, com aqueles que eram divorciados, viúvos e separados, eles descobriram que os separados tinham as menores chances de atingir a marca de sobrevivência de cinco anos, mesmo que muitos fossem mais jovens do que os pacientes viúvos.

Sessenta e cinco por cento dos pacientes casados sobreviveram pelo menos cinco anos após o diagnóstico de câncer, frente a 57% dos que nunca haviam se casado, 52% dos divorciados e 47% dos viúvos. Entretanto, apenas 45% dos pacientes separados sobreviveram cinco anos, escreveram os pesquisadores, cujo estudo apareceu online em 24 de agosto no jornal Cancer.

"Existem pesquisas consideráveis mostrando que o estresse interfere com a saúde, além de afetar seriamente o sistema imunológico", disse Gwen C. Sprehn, principal autora do artigo e professora-assistente de neurologia em Indiana. "Nossa hipótese é que o processo de separação é ainda mais estressante que o divórcio".

Tradução: Pedro Kuyumjian