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Encontradas disparidades entre homens e mulheres em casos de problemas de coração

Roni Caryn Rabin<br>The New York Times

08/09/2009 11h29

Um novo estudo, comparando taxas de mortalidade de homens e mulheres após ataques cardíacos e angina instável, descobriu que as mulheres apresentam chances quase duas vezes maiores de morrer nos 30 dias subsequentes. Mas elas tendem a ser mais velhas, a possuir doenças complicadas e a trazer diferentes padrões de doenças.

Cerca de 9,6% das mulheres morreram no período de um mês após um ataque cardíaco ou angina instável, frente 5,3% dos homens. Entretanto, as diferenças entre características dos pacientes explicavam a maior parte desse intervalo, segundo o primeiro autor do artigo, o Dr. Jeffrey S. Berger, professor-assistente de medicina e cirurgia da Escola de Medicina da Universidade de Nova York.

O estudo, publicado em 26 de agosto no "The Journal of the American Medical Association", examinou os casos de mais de 130 mil pacientes de diversos países. Os pesquisadores tiveram acesso a informações clínicas sobre mulheres que faltavam em estudos similares.

"Se você tivesse uma mulher de 61 anos com hipertensão, diabetes e colesterol alto, e um homem da mesma idade com os mesmos sintomas, e ambos tivessem síndrome coronariana aguda, seria esperado que a mortalidade fosse a mesma - e é", disse Berger. Porém, ele acrescenta: "As mulheres não serão como os homens. Elas serão mais velhas, terão mais co-morbidezes," - outras doenças que complicam a condição cardíaca - "e essas se apresentarão de maneira diferente".

Tradução: Pedro Kuyumjian