Ministério da Saúde nega que estoque de Tamiflu não atenda recomendação da OMS
O Ministério da Saúde negou que tenha recebido orientações da OMS (Organização Mundial de Saúde) para manter disponível um estoque de oseltamivir suficiente para tratar de gripe suína o correspondente a pelo menos 25% da população. A negativa foi uma resposta à farmacêutica Roche, que produz o antiviral Tamiflu, usado no tratamento da doença. A empresa disse na última segunda-feira (7) que os estoques do medicamento no país estão abaixo de uma recomendação internacional e poderiam suprir apenas 5% dos brasileiros atualmente.
Segundo o ministério, o Brasil tem um estoque de matéria-prima do Tamiflu suficiente para a produção de 8,5 milhões de tratamentos e 800 mil tratamentos prontos. Todo o material foi comprado da Roche. O órgão também afirma que já foram comprados mais 9 milhões de tratamentos, que serão entregues pelo fabricante em 2010. Além disso, diz a pasta, os estudos indicam que apenas 5% dos casos de gripe suína evoluem para casos graves.
O princípio ativo do oseltamivir estocado pelas autoridades brasileiras foi comprado em 2006, após um alerta da gripe aviária para uma possível ameaça pela gripe suína. Foi usado este ano pela Fundação Oswaldo Cruz para produzir cápsulas de Tamiflu que seriam distribuídas às secretarias de Saúde estaduais. No total, foram enviados 756.766 kits de tratamento aos governos estaduais, ao Laboratório do Exército (RJ) e à Funasa.
O ministério também afirma que vem de orientações da própria OMS a recomendação de tratar com o Tamiflu somente os doentes em estado grave, gestantes, crianças pequenas, idosos, hipertensos, diabéticos, pacientes com problemas de saúde crônicos, com problemas imunológicos ou obesidade mórbida.
Representantes da Roche disseram ontem na Basileia, Suíça, onde fica a sede do laboratório, que o país com o maior estoque do Tamiflu no mundo é o Reino Unido, que tem uma quantidade que poderia tratar mais de 80% da população.
O Tamiflu é atualmente o quarto medicamento que traz mais dinheiro para a companhia. Segundo os resultados do primeiro semestre deste ano, as vendas do produto triplicaram no período em relação ao ano anterior, gerando uma receita de 1 bilhão de francos suíços (equivalente a R$ 1,7 bilhão).
*Com informações de Tatiana Pronin, editora do UOL Ciência e Saúde, enviada especial à Basileia
Segundo o ministério, o Brasil tem um estoque de matéria-prima do Tamiflu suficiente para a produção de 8,5 milhões de tratamentos e 800 mil tratamentos prontos. Todo o material foi comprado da Roche. O órgão também afirma que já foram comprados mais 9 milhões de tratamentos, que serão entregues pelo fabricante em 2010. Além disso, diz a pasta, os estudos indicam que apenas 5% dos casos de gripe suína evoluem para casos graves.
O princípio ativo do oseltamivir estocado pelas autoridades brasileiras foi comprado em 2006, após um alerta da gripe aviária para uma possível ameaça pela gripe suína. Foi usado este ano pela Fundação Oswaldo Cruz para produzir cápsulas de Tamiflu que seriam distribuídas às secretarias de Saúde estaduais. No total, foram enviados 756.766 kits de tratamento aos governos estaduais, ao Laboratório do Exército (RJ) e à Funasa.
O ministério também afirma que vem de orientações da própria OMS a recomendação de tratar com o Tamiflu somente os doentes em estado grave, gestantes, crianças pequenas, idosos, hipertensos, diabéticos, pacientes com problemas de saúde crônicos, com problemas imunológicos ou obesidade mórbida.
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O Tamiflu é atualmente o quarto medicamento que traz mais dinheiro para a companhia. Segundo os resultados do primeiro semestre deste ano, as vendas do produto triplicaram no período em relação ao ano anterior, gerando uma receita de 1 bilhão de francos suíços (equivalente a R$ 1,7 bilhão).
*Com informações de Tatiana Pronin, editora do UOL Ciência e Saúde, enviada especial à Basileia