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Benefício da redução do estômago também pode se estender ao bebê

Roni Caryn Rabin<br>The New York Times

14/09/2009 20h26

Filhos de mulheres que passaram por cirurgia de redução de estômago podem enfrentar um risco menor de obesidade severa, sugere um novo estudo.

A pesquisa, realizada com 111 crianças nascidas de 49 mães que passaram pela cirurgia chamada desvio biliopancreático (para perda de peso), descobriu que bebês que nasceram após a operação tiveram peso de nascimento menor do que os que nasceram antes da cirurgia. O risco desses bebês de se tornarem severamente obesos quando crianças foi de um terço em relação às crianças que nasceram antes da operação. Apenas 11% das crianças nascidas depois da cirurgia foram severamente obesas, em comparação a 35% das outras.

Crianças nascidas após a operação também apresentaram níveis melhores de colesterol e melhor sensibilidade à insulina, indicando que eles podem ter menor tendência a desenvolver doenças cardíacas e diabetes mais tarde na vida, descobriu a pesquisa.

Duas observações cautelosas sobre o artigo, que será publicado no The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism: as descobertas são baseadas na observação das crianças (o estudo não foi randômico e controlado), e a cirurgia pode levar a complicações como anemia, má-nutrição, perda da densidade óssea e, raramente, à morte.

Um autor do artigo, Dr. John Kral, professor de cirurgia e medicina do SUNY Downstate Medical Center, no Brooklyn, disse que os benefícios às crianças podem se dever a mudanças metabólicas e hormonais no útero das mulheres que passaram pela operação.

Tradução: Gabriela d'Avila