Britânicos descobrem que geleiras da Groenlândia e Antártida derretem em velocidade acelerada
Os cálculos foram feitos a partir de dados de satélite da Nasa e confirmam o que alguns dos cientistas mais pessimistas já diziam: o derretimento das duas maiores camadas de gelo do mundo está acelerando e se retroalimentando. Em algumas partes da Antártida, as taxas anuais de perda de gelo entre 2003 e 2007 foram 50% maiores do que aquelas registradas entre 1995 e 2003. Na Groenlândia, 81 das 111 geleiras da região estão afinando em ritmo acelerado.
"O principal problema não é o calor do ar, mas a água próxima aos mantos de gelo", disse Hamish Pritchard, da British Antarctic Survey, um dos autores do estudo. "A água não só está mais quente, como também está se misturando ao gelo e causando um maior derretimento".
Para Pritchard, o derretimento das geleiras é um efeito fora de controle. "A questão é saber até quando ele vai durar", disse o pesquisador.
Imagem de satélite colorida mostra áreas mais afetadas pelo derretimento dos mantos de gelo na Antártida e na Groenlândia |
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Conforme os cientistas observam os recuos das geleiras, os mais otimistas acreditavam que o derretimento poderia ser freado, ou um fenômeno temporário. Mas para o professor Richard Alley, da Penn State University, nos Estados Unidos, as novas medidas das calotas polares acabam com essa visão mais otimista.
"O estudo é alarmante", disse Jason Boz, da Ohio State University, também nos EUA. Para ele, os novos dados mostram que "estamos subestimando quão sensíveis os mantos de gelo são às mudanças [climáticas]".
*Com informações da Associated Press