NYT: Pesquisa indica que ferramentas sofisticadas eram usadas pelos humanos antes do que se imaginava
Os homens da Idade da Pedra nem sempre foram tão pré-históricos assim. Com o passar do tempo, eles se tornaram mais refinados na fabricação de ferramentas, capazes de criar utensílios maiores e de duas faces, como machados e cutelos.
Esses tipos de artefatos acheulianos, como são conhecidos, foram encontrados na África e mais de 1,5 milhão de anos. Porém, na Europa, os machados mais antigos encontrados datavam de apenas meio milhão de anos atrás. Os cientistas se perguntaram por que levou tanto tempo para que os primeiros humanos com uma fabricação de ferramentas tão refinada aparecessem na Europa.
Agora, pesquisas em dois locais no sudoeste da Espanha oferecem uma resposta: no fim das contas, não levou tanto tempo assim.
Usando a datação paleomagnética, Gary R. Scott e Luis Gibert, do Berkeley Geochronology Center, na Califórnia, determinaram que, em vez de ter cerca de 200 mil anos de idade, os dois locais, Solano del Zamborino e Estrecho del Quipar, têm cerca de 760 e 900 mil anos, respectivamente.
A datação paleomagnética tira proveito do fato de que o campo magnético da Terra se reverteu muitas vezes em escalas de tempo geológicas. Ao analisar a polaridade de minerais magnéticos em rochas, os cientistas podem determinar quando a rocha se formou. Os remanescentes fósseis - neste caso, de roedores e outros mamíferos de pequeno porte de uma antiga bacia próxima a um dos locais - podem ajudar a correlacionar as datas.
Em cada local, os pesquisadores coletaram amostras em intervalos regulares acima e abaixo do nível onde os machados foram encontrados. A última reversão magnética completa ocorreu há 780 mil anos, e ambos os locais datam dessa época.
Gilbert afirmou que a descoberta, publicada na Nature, se soma a várias evidências de que os humanos migraram da África para a Europa mais cedo do que se pensava.
"A pergunta é: que rota eles seguiram?", disse ele. Em vez de vir através do Oriente Médio e depois em direção ao oeste, Gilbert afirmou estar convencido de que eles vieram pelo Gibraltar. "Achamos que o estreito de Gibraltar era uma barreira permeável", disse ele. "É uma interpretação provocante, mas acredito haver informações suficientes para respaldá-la".
Esses tipos de artefatos acheulianos, como são conhecidos, foram encontrados na África e mais de 1,5 milhão de anos. Porém, na Europa, os machados mais antigos encontrados datavam de apenas meio milhão de anos atrás. Os cientistas se perguntaram por que levou tanto tempo para que os primeiros humanos com uma fabricação de ferramentas tão refinada aparecessem na Europa.
Agora, pesquisas em dois locais no sudoeste da Espanha oferecem uma resposta: no fim das contas, não levou tanto tempo assim.
Usando a datação paleomagnética, Gary R. Scott e Luis Gibert, do Berkeley Geochronology Center, na Califórnia, determinaram que, em vez de ter cerca de 200 mil anos de idade, os dois locais, Solano del Zamborino e Estrecho del Quipar, têm cerca de 760 e 900 mil anos, respectivamente.
A datação paleomagnética tira proveito do fato de que o campo magnético da Terra se reverteu muitas vezes em escalas de tempo geológicas. Ao analisar a polaridade de minerais magnéticos em rochas, os cientistas podem determinar quando a rocha se formou. Os remanescentes fósseis - neste caso, de roedores e outros mamíferos de pequeno porte de uma antiga bacia próxima a um dos locais - podem ajudar a correlacionar as datas.
Em cada local, os pesquisadores coletaram amostras em intervalos regulares acima e abaixo do nível onde os machados foram encontrados. A última reversão magnética completa ocorreu há 780 mil anos, e ambos os locais datam dessa época.
Gilbert afirmou que a descoberta, publicada na Nature, se soma a várias evidências de que os humanos migraram da África para a Europa mais cedo do que se pensava.
"A pergunta é: que rota eles seguiram?", disse ele. Em vez de vir através do Oriente Médio e depois em direção ao oeste, Gilbert afirmou estar convencido de que eles vieram pelo Gibraltar. "Achamos que o estreito de Gibraltar era uma barreira permeável", disse ele. "É uma interpretação provocante, mas acredito haver informações suficientes para respaldá-la".
