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NYT: Sensor portátil de hálito pode identificar sinais de câncer de pulmão

Henry Fountain<br>The New York Times

24/09/2009 19h57

O hálito de pessoas com câncer de pulmão é diferente do das pessoas saudáveis - pois contém concentrações mais altas de alcanos e outros compostos orgânicos voláteis.

Pesquisadores sabem disso há anos e tentaram desenvolver sistemas sensores de hálito capazes de diagnosticar a doença, como uma alternativa às tomografias computadorizadas e outros métodos atuais de diagnóstico. Os sistemas tendem a ser custosos, exigindo equipamentos e técnicas complicadas para concentrar os componentes e permitir que eles atinjam níveis detectáveis.

Gang Peng, do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, e colegas agora desenvolveram o que eles dizem ser uma tecnologia sensora portátil e barata, capaz de distinguir rapidamente entre o hálito de pacientes com câncer de pulmão e pessoas saudáveis.

O sensor, descrito na "Nature Nanotechnology", usa minúsculas partículas de ouro, com cinco bilionésimos de metro de diâmetro, envoltas por compostos orgânicos selecionados por sua capacidade de reagir com quatro dos compostos voláteis encontrados em maiores concentrações no hálito de pacientes de câncer de pulmão. Quando as partículas são depositadas em um filme fino entre dois eletrodos, elas agem como um resistor elétrico.

Os pesquisadores descobriram que, quando uma gama de nove resistores é exposta ao hálito exalado, a resistência muda à medida que os compostos no hálito reagem com os compostos das partículas de outro. Os padrões de mudanças variaram, dependendo de os voluntários terem ou não câncer de pulmão.

Os pesquisadores continuam a desenvolver o sistema. Eles afirmam que uma abordagem similar também pode funcionar no diagnóstico de outras doenças.