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Instituto fará ação para conscientizar jovens sobre o HIV em São Paulo

Do UOL Ciência e Saúde

30/11/2009 17h51

Na semana de combate a Aids, o Instituto Kaplan realiza um projeto de conscientização aos adolescentes com aprendizagem sobre prevenção da doença no espaço Catavento (Parque D.Pedro II), em São Paulo.

Três vezes ao dia, adolescentes acima de 13 anos serão acompanhados por um educador e monitores para percorrer quatro instalações: "Oficina Vale Sonhar", sobre prevenção de gravidez e DST/Aids; a exposição "Alertas sobre drogas, vulnerabilidade e HIV"; jogos sobre gênero, preconceito e redução de vulnerabilidade; e na seção "Vida", haverá explicação sobre a forma de atuação no organismo. Todos os jovens receberão material informativo sobre prevenção.

Os últimos dados divulgados pela ONU, a AIDS já soma 33,4 milhões de infectados. Por dia, mais de 7.400 novos casos são contatados, 40% entre jovens maiores de 15 anos. A falta de informação é o principal quesito para os jovens representarem quase metade do porcentual.

Veja a seguir algumas informações sobre prevenção do HIV divulgadas pelo instituto.

Assim pega...

Sangue - O sangue é muito rico em linfócitos. Assim, quando o sangue infectado pelo HIV cai na corrente sangüínea de uma pessoa, o vírus encontra a situação ideal para se reproduzir. As principais vias de transmissão que favorecem esse contato são a transfusão sangüínea e o compartilhar de seringas durante o uso de drogas injetáveis. Graças ao empenho do governo brasileiro na luta contra a Aids, a transfusão sangüínea tem sido rigorosamente controlada, representando a minoria dos casos de transmissão do HIV. Por outro lado, o compartilhar de seringas por usuários de drogas responde a 19% dos registros da doença.

Sêmen e secreção vaginal - Nestas duas secreções há uma concentração muito alta de HIV, capaz de infectar um(a) parceiro(a) durante o ato sexual. A infecção ocorre porque os órgãos genitais são muito irrigados por vasos sangüíneos e possuem uma mucosa que permite a passagem do HIV que está no sêmen ou na secreção vaginal para o sangue do(a) parceiro(a). Além disso, a relação sexual pode causar pequenas fissuras na parede da vagina ou no pênis, devido ao atrito da penetração, facilitando ainda mais a transmissão. As práticas sexuais que transmitem o HIV são as seguintes: relação com penetração vaginal, relação anal e sexo oral. O sexo é a via de transmissão responsável pelo maior número de casos de Aids no mundo. É importante lembrar que, qualquer prática sexual pode ser realizada sem risco de infecção pelo HIV, desde que o casal use de camisinha - masculina ou feminina.

Transmissão vertical - É aquela transmitida de mãe para filho, quando uma mulher portadora do HIV infecta o filho durante a gravidez. Quando a mulher está grávida, desenvolve uma forma de comunicação do seu sangue com o sangue do bebê por meio do cordão umbilical. Desta forma, o HIV pode passar para o sangue do bebê e contaminá-lo. Com medicamentos mais potentes para aumentar a defesa do organismo de um portador de HIV e o tratamento específico que a gestante e o bebê recebem durante o pré-natal e o parto, o número de crianças que nascem com o HIV no Brasil diminuiu significativamente.

Leite materno - Esta é uma outra secreção que, por possuir muitos leucócitos, também é capaz de conter alto nível de concentração de HIV quando a mãe é portadora. A amamentação é uma via de transmissão do HIV, portanto não é indicada quando a mãe é portadora desse vírus, devendo ela recorrer ao Banco de Leite - estabelecimento encarregado de controlar a qualidade do leite materno que é doado e distribuído a mães que não conseguem ou podem amamentar - ou utilizar a amamentação artificial (mamadeira).

Assim não pega...

Lágrima, suor e saliva - Os linfócitos também estão presentes em outras secreções do nosso corpo como, lágrima, suor e saliva. Mas como a concentração do vírus é pequena nestes líquidos, não há risco de contaminação. Desta forma, pode-se dizer que não se pega o HIV pelo contato com essas secreções. No caso do beijo, a transmissão não ocorre porque a saliva é pobre em células sangüíneas e há uma rápida renovação salivar na boca, o que impede o aumento de concentração de HIV. Atenção! Se o casal tiver alguma lesão aberta na boca, que possibilite o contato com sangue como, por exemplo, gengivite ou ferimentos por uso de aparelho, o risco pode existir.

O HIV é pouco resistente ao calor e ao frio, bem como aos agentes químicos como álcool, detergentes, água oxigenada, água sanitária, etc. Assim, uma vez em contato com estes elementos, o HIV morre em questão de segundos.

Semana Prevenção em Ação de Luta Contra Aids

Data: 1º a 6 de dezembro

Local: Catavento Cultural e Educacional (Parque D. Pedro II - São Paulo)

Informações: www.kaplan.org.br