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Estudantes americanos estão viciados em bronzeamento artificial

Por Roni Caryn Rabin

New York Times News Service

05/05/2010 18h47

Quando você acorda de manhã, quer fazer bronzeamento artificial? Já tentou, sem sucesso, reduzir as horas que gasta fazendo bronzeamento? O bronzeamento artificial já o fez perder um compromisso de trabalho ou atividade social?

Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center e da State University, em Albany, usaram perguntas como essas, adaptadas e modificadas de medições usadas para verificar se pacientes possuem transtornos de abuso de substâncias, para determinar se estudantes universitários estariam viciados em bronzeamento artificial.

De um grupo de 421 estudantes universitários recrutados para um estudo no final de 2006, 229 participantes já tinham se submetido ao bronzeamento artificial. Desse grupo, os pesquisadores descobriram que de 70% a 90% aparentavam estar viciados no bronzeamento, dependendo do critério usado para avaliar o vício.

“Fiquei surpresa com a alta porcentagem”, disse Catherine E. Mosher, pesquisadora de pós-doutorado em psiquiatria e ciências comportamentais no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, e principal autora do estudo, que aparece na edição de abril do “Archives of Dermatology”.

Os que cumpriram os critérios para vício em bronzeamento artificial também tiveram índices significativamente mais altos de ansiedade e uso de drogas e álcool, segundo o estudo. “Alguns cientistas teorizam que um mecanismo psicológico similar está por trás do abuso do bronzeamento e do uso de substâncias”, disse Mosher. Porém, ela acrescentou que as descobertas científicas ainda eram um pouco confusas. “Esta pesquisa ainda está muito no início”.