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Hubble revela mistério de raio de luz detectado em Júpiter por amador

Observações da atmosfera de Júpiter feitas pelo Hubble em 7 de junho; veja no álbum do mês - Nasa/ESA
Observações da atmosfera de Júpiter feitas pelo Hubble em 7 de junho; veja no álbum do mês Imagem: Nasa/ESA

Da Redação

16/06/2010 19h25

Observações do telescópio espacial Hubble trouxeram uma resposta aos astrônomos sobre o raio de luz detectado em Júpiter no último dia 3. O fenômeno foi causado por um meteoro gigante que queimou acima da cobertura de nuvens do planeta. Mas o "invasor" não mergulhou com profundidade suficiente na atmosfera para explodir e deixar destroços, como em outras colisões do gênero.

Astrônomos ao redor do mundo sabiam que algo havia atingido o planeta gigante para produzir um brilho capaz de ser visto a 400 milhões de milhas de distância. Mas eles não sabiam de que modo o objeto havia entrado na atmosfera.

A visão aguçada e a sensibilidade aos raios ultravioletas de uma das câmeras do Hubble ajudaram a buscar traços da colisão cósmica. Imagens captadas no dia 7 não trouxeram sinais de destroços sobre as nuvens de Júpiter. Isso significa que não o meteoro não se transformou em uma bola de fogo, ou teria ejetado fragmentos que apareceriam como pontos negros.

Manchas escuras na atmosfera de Júpiter foram identificadas em julho de 1994 após a colisão de uma série de cometas. Fenômeno parecido aconteceu em 2009, quando um possível asteroide atingiu o planeta. O "visitante" mais recente tem apenas uma fração do tamanho desses objetos anteriores, estimam os astrônomos.

O raio de luz em Júpiter foi visto por um astrônomo amador australiano, chamado Anthony Wesley. Outro amador, Chris Go, nas Filipinas, também conseguiu gravar o acontecimento.