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Praticantes de "swing" têm mais risco de contrair DST do que prostitutas

Da Redação*

24/06/2010 12h58

Um estudo holandês publicado na revista científica "British Medical Journal" mostra que praticantes de "swing", especialmente os que têm mais de 45 anos, apresentam índices mais altos de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis) do que prostitutas.

O trabalho, feito pela pesquisadora Anne-Marie Niekamp, da Universidade de Maastricht, analisou pacientes que buscaram tratamento para DST entre 2007 e 2008 em três centros de saúde na Holanda. Ao todo, foram realizadas 9 mil consultas e um em cada nove pacientes era praticante de "swing", com idade média de 43 anos.

De acordo com Niekamp, o problema é que os "swingers" são extremamente vulneráveis às DST, já que a prática envolve troca de parceiros sexuais. Mas eles são praticamente ignorados pelos programas de prevenção.

O estudo mostrou que os índices de clamídia e gonorreia são de aproximadamente 10% entre heterossexuais, 14% entre homens gays e abaixo de 5% entre prostitutas do sexo feminino. Já entre os "swingers", a taxa é de 10,4%.

Os resultados indicaram que um em dez  praticantes de "swing" apresentava clamídia e um em vinte, gonorreia.

A clamídia é a DST mais comum entre as mulheres e, em 70% dos casos, não há sintomas. A infecção, provocada por bactéria, pode causar doença inflamatória pélvica, gravidez fora do útero e infertilidade. A gonorreia também é uma infecção bacteriana que pode causar infertilidade, se não for adequadamente tratada.

* Com informações da Reuters