Topo

MPF vai apurar riscos de composto utilizado em mamadeiras e garrafas plásticas

Da Redação

19/07/2010 16h48

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) instaurou inquérito civil público para apurar os eventuais efeitos nocivos à vida e à saúde das pessoas gerados pela substância Bisfenol A (BPA), bem como a forma de regulamentação de seu uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na portaria em que foi publicada a instauração do inquérito, o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, determinou que seja solicitado à Anvisa informações sobre a regulamentação da utilização da referida substância, além de eventuais estudos existentes sobre seus aspectos nocivos.

A preocupação sobre os riscos que o BPA pode causar à saúde e à vida se sustenta em recentes pesquisas divulgadas por uma universidade norte-americana. A substância já foi proibida em outros países, como Canadá, Dinamarca e Costa Rica, e em alguns estados norte-americanos.

Para muitos cientistas, a substância seria causadora de algumas doenças, como o câncer de mama, os distúrbios cardíacos, a obesidade e a hiperatividade. Mas a atenção é especial com as grávidas e as crianças pequenas. A substância pode prejudicar as funções endócrinas e alterar o funcionamento do hormônio feminino estrogênio.

No Brasil, o Bisfenol A é utilizado na produção de garrafas plásticas, mamadeiras, copos para bebês, entre outros produtos.