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Veja respostas para dúvidas comuns sobre vacinação

Cristina Almeida

Especial para o UOL Ciência e Saúde

13/08/2010 07h00

Toda vacina pode causar efeitos colaterais, mas reações graves são extremamente raras, garantem os médicos. Mesmo assim, muita gente ouve boatos e fica com dúvidas. Veja, abaixo, algumas dúvidas comuns sobre a imunização e a resposta dos profissionais ouvidos pelo UOL Ciência e Saúde

O sistema imunológico natural é melhor do que a vacinação?
Uma infecção permite que o sistema imunitário reaja de forma adequada, determinando proteção permanente para quase todas as doenças. Mas doenças como a varicela, que habitualmente é benigna, podem levar à pneumonia; a poliomielite, à paralisia permanente; a caxumba, à surdez. E a vacinação pode prevenir essas doenças e suas graves consequências.

Vacinas causam autismo?
Não. Apesar da controvérsia sobre o assunto, os pesquisadores não encontraram conexão entre essa doença e vacinas infantis. Embora os sintomas do autismo se manifestem no mesmo período em que as crianças estão sendo vacinadas, trata-se apenas de uma mera coincidência.

Os efeitos colaterais das vacinas são perigosos?
Em geral, toda vacina pode gerar efeitos colaterais leves, como febre, dor, rubor e inchaço local. Algumas delas podem causar dor de cabeça, tontura, cansaço e perda de apetite. São raras as reações alérgicas graves ou neurológicas. Embora esses sintomas possam ser preocupantes, as vacinas são mais seguras do que as doenças que elas previnem. Somente quando reações alérgicas graves a componentes específicos das vacinas são conhecidos é que a criança não deve ser vacinada.

Por que as crianças são vacinadas tão cedo?
Elas são essenciais, pois servem para prevenir doenças que acometem as crianças na primeira infância, exatamente quando o risco de complicações é maior. Mais tarde, pode ser tarde demais.

Posso escolher as vacinas que meu filho tomará?
É desaconselhável não seguir o programa de vacinação. Se há preocupação sobre determinada vacina, a melhor a fazer é consultar o pediatra. Deixar de vacinar uma criança a deixa vulnerável a doenças graves que poderiam ser evitadas.

Fontes: Dr. Gabriel Oselka, pediatra, professor assistente dos Deptos. de Pediatria e Ética Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Dra. Helena Sato, pediatra, diretora técnica da Divisão de Imunização da Secretaria de Saúde de São Paulo; Dr. Juarez Cunha, pediatra do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), membro do núcleo de pesquisa em vacinas do HCPA e médico da Secr. Municipal de Saúde de Porto Alegre (RS); Prof. Luiz Jacintho Silva, departamento de Clínica Médica da Universidade de Campinas (Unicamp)- Área de Infectologia; Dr. Renato de Avila Kfouri, pediatra e Diretor da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm); Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros, pediatra e membro da Sociedade Brasileira da Pediatria.