Cuidado, são tóxicas! Estas substâncias perigosas estão na sua casa

É fácil imaginar nos efeitos nocivos da fumaça dos caminhões, dos solos contaminados ou dos mares poluídos, mas a exposição a substâncias tóxicas pode estar bem mais perto do que você pensa e acontecer de forma recorrente dentro da sua própria casa.

Materiais de construção, móveis, tabaco, fogões a lenha e outros objetos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de alergias, asma e até câncer, além de prejudicar o sistema imunológico, alerta a EPA (Agência Americana de Proteção Ambiental).

Que substâncias são essas?

Entre as substâncias consideradas nocivas, as mais comuns em ambientes internos são:

  • formaldeído (formol), usado em vidros, espelhos, roupas e papel higiênico.
  • benzeno, xileno e tricloroetileno, componentes de tintas, monitores, tapeçarias, fotocopiadoras e cigarros
  • clorofórmio, encontrado na água potável
  • amoníaco, álcool e acetona, que aparecem em carpetes e cosméticos

Bisfenol, o vilão

Embalagens e garrafas plásticas (e até mamadeiras) feitas de policarbonato contêm bisfenol-A (BPA), composto que já foi relacionado a doenças cardíacas, diabetes, infertilidade e alguns tipo de câncer em diversos estudos científicos.

O BPA atua como um desregulador do sistema endócrino, interferindo na ação de hormônios femininos.

Panelas e utensílios revestidos com antiaderentes também já foram objeto de preocupação devido o ácido perfluoroctanoico, mas, segundo o EPA, não existem evidências de que o uso rotineiro desses produtos seja preocupante.

Como minimizar o impacto da exposição a substâncias tóxicas

  • Respeite as instruções das embalagens: tintas especiais para uso externo, por exemplo, nunca devem ser usadas dentro das casas;
  • Evite o cigarro: se não puder parar de fumar, prefira não fazê-lo num ambiente fechado;
  • Abra as janelas: manter os ambientes ventilados é um jeito fácil e efetivo de melhorar a qualidade do ar interno, embora não resolva totalmente o problema;
  • Cuidado com recipientes e embalagens plásticas e enlatados. Para armazenar, use recipientes de vidro, porcelana ou aço inoxidável;
  • Não jogue remédios nos vasos sanitários: ainda que as substâncias acabem indiretamente no esgoto, a medida ajuda a evitar a contaminação.
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Veja outras dicas e hábitos que complementam esses cuidados

  • Mude seus hábitos de consumo: comer menos carne (inclusive peixe) contribui para a diminuição do consumo de energia, água e pastos e ainda colabora no controle de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer;
  • Controle os níveis de estresse: como estamos expostos a um alto nível de agressões externas e agentes tóxicos, o corpo precisa de mais recursos para se manter em equilíbrio. Fique de olho no consumo de nutrientes que sejam capazes de estimular o sistema imunológico;
  • Faça atividades ao ar livre: a vida nas grandes cidades e a tecnologia mantêm as pessoas em ambientes fechados, o que diminui a exposição ao sol e prejudica a absorção de vitamina D;
  • Beba água e coma alimentos de boa procedência: a ingestão de tóxicos em água e alimentos é a principal via de contaminação do organismo. Prefira água mineral, ou bebidas de origem natural, como água de coco, e alimentos orgânicos;
  • Tente fugir da poluição: se for possível, escolha locais menos poluídos para morar e trabalhar.

Fonte: Alex Botsaris, infectologista, especialista em medicina chinesa e autor do livro "Medicina ecológica - descubra como cuidar da sua saúde sem sacrificar o planeta"

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