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Rolfing: manipulação ajuda a reeducar os movimentos

Cristina Almeida

Especial para o UOL Ciência e Saúde

07/01/2011 07h00

Diferente do Self Healing e da técnica de Alexander, o rolfing não nasceu de uma história pessoal, mas do inconformismo da bioquímica Ida Rolf (1896-1979) com a falta de solução para a dor de seus colegas. A técnica prevê a manipulação dos tecidos superficiais e profundos, chamados de fáscias, para reeducar os movimentos. O objetivo é estimular a saúde, aliviar o estresse e permitir o alinhamento adequado do corpo em relação à força da gravidade.

Rolf pesquisou e experimentou diversos sistemas de tratamento e manipulação até chegar ao método, e há registros de que ela mesma tenha se beneficiado dele após uma queda de cavalo. Ida descobriu que músculos, tecidos, tendões e ligamentos poderiam ser reeducados em seus movimentos, e por meio de um sistema capaz de incorporar a manipulação das fáscias.

O médico fisiatra e biólogo Luiz Fernando Bertolucci, professor da Associação Brasileira de Rolfing, diz que a técnica não nasceu como terapia, pois se tratava de uma estratégia preventiva. “Má postura, traumatismos, cirurgias podem levar ao endurecimento das fáscias, o que causa dor e desconforto. A manipulação torna maleável essas estruturas aliviando esses sintomas”.

Indicado nos distúrbios músculo esqueléticos causados por má postura,  traumas, estresse crônico, dores, incluídas as lombares, miofasciais (tecidos que envolvem os músculos), ombros e nuca, principalmente se relacionadas à estrutura esquelética, tensões, falta de flexibilidade, hérnias de disco e problemas relacionados ao nervo ciático. O rolfing também tem trazido bons resultados nos casos de bursites e tendinites.

Como resultado da prática, o corpo adquire melhor organização estrutural, o que significa maior equilíbrio e economia funcionais. Como a maioria das terapias corporais, as sessões duram em média 45 minutos, e crianças, jovens, adultos e idosos podem se submeter à técnica. “A única contra indicação é a subsistência de câncer ativo. O problema é a possibilidade de disseminação de células cancerosas e infecções por todo o corpo”,  adverte Bertolucci.

Mais sobre o rolfing:

www.rolfing.com.br