Saiba o que o mioma significa para homeopatas e especialistas em medicina chinesa
A especialista em medicina tradicional chinesa Liliana Centurione, 47 anos, convive com mioma uterino há quatro anos e já consultou três profissionais. Todos indicaram a retirada do útero. "Numa última tentativa, encontrei um médico que, respeitando minha decisão de preservar o órgão, concordou em monitorá-lo, e ainda aceitou que eu me submetesse à acupuntura e à dieta alimentar preconizada pela medicina chinesa para esses casos”.
De acordo com a terapeuta, mulheres excessivamente ativas, que se dedicam à vida profissional, postergando a maternidade, ou se tornam muito perfeccionistas na busca do parceiro ideal, geralmente concentram toda energia no útero. O resultado seria a predisposição a miomas. “Some-se a isso hábitos poucos saudáveis como vida sedentária, má alimentação, friagem na pélvis ou nos pés, e teremos um quadro de total desequilíbrio”, completa.
Ângela Tabosa, coordenadora científica da Liga de Acupuntura da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), diz que a decisão de preservar o útero, tanto quanto possível, é acertada. “Segundo a medicina tradicional chinesa, esse órgão é fundamental, pois tem ação purificadora”, diz a especialista. Por isso, ela ressalta que as mulheres devem evitar ao máximo a retirada do útero, "um órgão da máxima importância para a saúde feminina”.
Para os acupunturistas, o mioma representa uma sobrecarga de energia. “Trata-se de uma estagnação de uma das portas de limpeza de órgãos vitais como o fígado, o rim, o baço e o pâncreas”. Por isso, Tabosa vê sentido no estudo que associa miomas a abusos sofridos na infância e na adolescência. “Quem reprime muito suas emoções pode gerar um distúrbio energético, que afetará especialmente o fígado”.
O tratamento com a acupuntura considera a pessoa como um todo, e é sempre individualizado. “Os motivos que levaram a essa desarmonia energética são diferentes em cada mulher. Por isso, os pontos a serem trabalhados também serão diversos, embora partam sempre do fortalecimento daqueles órgãos vitais”, descreve a especialista.
Homeopatia
Para a ginecologista Maísa Lemos Homem de Mello, diretora da Associação Brasileira de Reciclagem e Assistência em Homeopatia (ABRAH), a análise do paciente de forma sistêmica também é a regra para os homeopatas. “Numa consulta, os médicos precisam investigar se a paciente tem uma tendência hereditária para a formação de tumores. No caso de um mioma, que se estabelece num órgão não vital, se ainda for possível preservá-lo, essa é mesmo a melhor opção”.
Segundo a homeopata, algumas mulheres têm uma predisposição ao desenvolvimento de tumores. Retirado o útero, o organismo pode buscar novos alvos. “A homeopatia deveria ser considerada uma medicina preventiva pois, diagnosticado um mioma em sua fase inicial, nosso trabalho é tratar o equilíbrio sistêmico, tentando diminuir essa tendência fisiopatológica, conservando o útero o maior tempo possível, e até lançando mão de medicamentos de emergência da medicina convencional, se forem necessários”.
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