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Seria o sêmen um antidepressivo natural?

No filme "Quem vai ficar com Mary", Cameron Diaz usa sêmen como gel de cabelo sem querer - 20th Century Fox
No filme "Quem vai ficar com Mary", Cameron Diaz usa sêmen como gel de cabelo sem querer Imagem: 20th Century Fox

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo

05/05/2011 17h58

O buchicho que de tempos em tempos vem à tona voltou a circular na internet: “Você sabia que o sêmen tem propriedades antidepressivas?”. Segundo uma pesquisa do psicólogo Gordon G. Jr. Gallup, publicada na revista Archieves of Sexual Behavior (Arquivos do Comportamento Sexual), tem sim.

O professor da Universidade Estadual de Nova York em Albany acompanhou 293 estudantes americanas em 2002 e concluiu que aquelas que faziam sexo sem camisinha apresentavam menores níveis de depressão do que aquelas que usavam o preservativo sempre ou geralmente e também daquelas que não faziam sexo.

Como a diferença entre quem não fazia sexo e aquelas que usavam proteção não foi significativa, atribuir a felicidade ao sexo estava excluído.

Gordon Gallup conta em entrevista à Jennifer Abbasi do Popsci veiculada nesta quinta-feira (05) que “o plasma seminal deve controlar e manipular o sistema reprodutivo feminino para trabalhar de acordo com o melhor interesse do doador, o homem”. É possível encontrar no plasma hormônios como estrogênio, prostaglandinas e ocitocina. Os dois primeiros têm sido associados a menores níveis de depressão, enquanto a ocitocina é conhecida por hormônio do amor, por favorecer o contato social.

Ele conta ainda que em um recente estudo, não publicado, descobriu que as mulheres podem sofrer quando ficam sem sêmen. De acordo com o pesquisador, as mulheres em relacionamentos estáveis que tinham relações sexuais desprotegidas foram muito mais devastadas e negativamente afetadas depois de um rompimento do que aquelas que faziam uso de preservativos.