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IUCN divulga nova lista de espécies ameaçadas de extinção

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo

10/11/2011 14h45

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, produzida pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN, em inglês), acaba de ser atualizada. O novo compêndio conta agora com 61.900 espécies.

Apesar dos programas ambientais, o grupo enfatiza que 25% dos mamíferos estão sob risco de extinção. É o caso de diversas espécies de rinocerontes. Algumas delas, porém, apresentaram avanço graças aos projetos de conservação, como é o caso dos rinocerontes brancos da espécie Ceratotherium simum simum, cuja população passou de 100 indivíduos no fim do século 19 para mais de 20 mil.

Os cavalos de Przewalski (Equus ferus) são outra história de sucesso – as espécies passaram da categoria “criticamente ameaçadas” para “ameaçadas”. Esses cavalos foram declarados extintos em 1996, mas um programa fez com que a população hoje seja estimada em mais de 300.

A lista atual também mostra que 40% das espécies de répteis terrestres de Madagascar estão ameaçadas. A sobrevivência desses camaleões, lagartos e cobras representa um desafio, segundo a IUCN. Novas áreas de conservação foram criadas para manter espécies criticamente ameaçadas, como o camaleão Tarzan (Calumma tarzan).

Por causa do seu status na Lista Vermelha, espécies ameaçadas de lagartos como o Paroedura masobe agora terão mais destaque em projetos de conservação futuros.

A lista da IUCN também traz descobertas científicas. Até recentemente, apenas uma espécie de arraia gigante era conhecida. Análises recentes agora mostram que existem duas espécies: a Manta alfredi e a Manta birostris, esta última também chamada de “gigante” (a criatura pode alcançar mais de sete metros de diâmetro). Essas arraias têm sido alvo de pesca por sua aplicação na medicina tradicional chinesa.

Entre as criaturas aquáticas destacadas na lista estão os atuns: cinco das oito espécies existentes estão classificadas como ameaçadas ou vulneráveis, segundo a IUCN.

A entidade destaca a importância dos anfíbios para os ecossistemas, uma vez que esses animais são indicadores da saúde do meio ambiente e têm sido usados na busca de novos medicamentos. A Lista Vermelha foi complementada com 26 anfíbios recentemente descobertos. O sapo venenoso da espécie Ranitomeya summersi foi classificado como ameaçado e o Ranitomeya benedicta entrou na categoria “vulnerável”.

A lista da IUCN foi chamada por especialistas da revista “Science”, em 2010, de “barômetro da biodiversidade”.