Brasileiro se preocupa mais com a origem "ética" dos produtos que alemão e suíço
O consumidor brasileiro sabe o que é biodiversidade; quer informações sobre a origem dos ingredientes naturais contidos nos cosméticos, alimentos e bebidas; e se recusaria comprar produtos que causam danos ambientais. É o que revela uma pesquisa realizada com 8.000 entrevistados de oito países lançada hoje em São Paulo pela União para BioComércio Ético (UEBT, na sigla em inglês).
A quarta edição do chamado "Barômetro de Biodiversidade" ouviu consumidores dos seguintes países: Índia, Peru, França, Alemanha, Suíça, Reino Unido e EUA, além do Brasil.
A preocupação com a "origem ética" dos produtos é uma tendência mundial detectada na pesquisa. Mas, pelo menos na hora de relatar a intenção de compra ou rejeição a partir desse critério, o Brasil se saiu melhor que os outros países: 69% dos entrevistados disseram que deixariam de comprar cosméticos, por exemplo, se soubessem que o fabricante agiu mal com os fornecedores. No Peru, a proporção foi de 59% e, na Índia, 48%. Já na França e na Suíça, apenas 39% responderam o mesmo; na Alemanha, 35%, no Reino Unido, 31% e, nos EUA, 34% disseram levar o fato em conta.
A pesquisa também mostrou que, no caso de alimentos e bebidas, 67% dos brasileiros gostariam de ser melhor informados sobre a origem dos ingredientes naturais desses produtos. No Peru, a proporção foi de 73%, na Índia e na França, 47%, na Suíça, 43%, na Alemanha, 39%, nos EUA, 33% e no Reino Unido, 31%.
Segundo Cristiane de Moraes, representante da UEBT no Brasil, existe uma diferença entre falar e fazer. "O preço e a performance do produto ainda interferem mais na compra", observa. Mesmo assim, ela acredita que o resultado é bastante positivo. "A população já se preocupa com os valores sociais e ambientais das marcas."
Biodiversidade
As entrevistas também aferiram a noção das pessoas sobre o conceito de biodiversidade. No Brasil, 97% já ouviram falar no assunto e 46% sabem exatamente o que o termo significa. Já nos outros países, a proporção média de pessoas que sabem do que se trata é de apenas 22%. Apenas os suíços, com 83% das respostas positivas, e os franceses, com 95%, se aproximam dos brasileiros.
A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da UEB, com apoio de empresas, como Bayer, Croda, Symrise, Beraca e Natura, e de organizações, como o International Finance Corporation (IFC), entidade do mercado financeiro ligada ao Banco Mundial.
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