Astrônomos conseguem prever como será a colisão entre a Via Láctea e sua galáxia vizinha
Astrônomos da Nasa anunciaram nesta quinta-feira (31) que foram capazes de prever com precisão o próximo grande evento cósmico da nossa galáxia e do Sistema Solar: a colisão titânica entre a Via Láctea e sua vizinha, Andrômeda.
A Via Láctea está destinada a passar por uma enorme reconfiguração durante o encontro, previsto para ocorrer daqui 4 bilhões de anos. É provável que o Sol seja atirado para uma nova região da galáxia, mas a Terra e o Sistema Solar não correm risco de ser destruídos.
A descoberta foi feita por Roeland van der Marel, do Space Telescope Science Institute (STScI), em Baltimore, com ajuda do Hubble.
Adrômeda, também conhecida como M31, está localizada a 2.5 milhões de anos-luz.
Após quase um século de especulações, os cientistas finalmente conseguiram ter uma ideia clara de como será a colisão entre as galáxias.
Segundo Sangmo Tony Sohn, do STScI, o cenário lembra um batedor de beisebol esperando pela bola.
Via Láctea e Andrômeda vão se transformar em uma única galáxia elíptica. Simulações mostram que as estrelas de cada galáxia estão tão distantes que não vão colidir com outras estrelas durante o encontro. No entanto, elas serão lançadas em órbitas diferentes em tornon do novo centro galáctico.
Para complicar as coisas, a pequena galáxia Triangulum, ao lado da Andrômeda, deve se juntar à colisão e, eventualmente, fundir-se com as outras duas.
O Universo está em expansão acelerada, e colisões entre galáxias próximas ocorrem por causa da energia escura que as circunda. Dados do Hubble mostra que encontros desse tipo eram mais comuns no passado, quando o Universo era menor.
Há um século, os astrônomos não tinham ideia de que a M31 fosse uma galáxia separada da Via Láctea. Sabe-se que Andrômeda está vindo a uma velocidade equivalente a uma viagem daqui até a Lua em apenas uma hora.
Até agora, os astrônomos não tinham sido capazes de medir o movimento lateral da M31 no céu, apesar das tentativas. E isso foi feito agora, pela equipe liderada por van der Marel.
No pior cenário obtido pela simulação, a M31 bate na Via Láctea de frente e as estrelas são espalhadas em órbitas diferentes. A nossa galáxia, então, perderá seu formato de panqueca.
O estudo será publicado na próxima edição da revista Astrophysical Journal.
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