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Maior robô de exploração já enviado a Marte deve pousar na madrugada desta segunda (6)

Do tamanho de um carro, o jipe-robô Curiosity é o maior e mais sofisticado já enviado a outro planeta - Nasa
Do tamanho de um carro, o jipe-robô Curiosity é o maior e mais sofisticado já enviado a outro planeta Imagem: Nasa

Do UOL

Em São Paulo

05/08/2012 07h00

Depois de uma viagem de 570 milhões de quilômetros no espaço que durou oito meses e meio, o jipe-robô Curiosity (Curiosidade, em inglês), da Nasa, deve chegar a Marte na madrugada desta segunda-feira (6). Maior e mais sofisticado veículo de exploração já enviado a outro planeta, ele vai buscar pistas mais concretas sobre a possibilidade de ter existido alguma forma de vida no passado no Planeta Vermelho.

Essa é a missão mais ambiciosa e cara da Nasa à Marte, com custo de US $ 2,5 bilhões. "Pousar Curiosity em Marte será a missão mais difícil já empreendida pela Nasa na história da exploração robótica planetária", destacou em um comunicado John Grunsfeld, subdiretor da agência espacial americana para missões científicas.

Lançado em 26 de novembro de 2011 de Cabo Cañaveral, o jipe de seis rodas que tem o tamanho de um carro vai pousar na zona do monte Sharp (5.000 metros), na cratera de Gale. Para alcançar um ponto tão preciso, a nave que transporta o Curiosity voará na alta atmosfera marciana em lugar de descer diretamente ao solo.

Os responsáveis pela missão explicam que, ao contrário das sondas precedentes, a Curiosity é muito pesada para que seu impacto no solo seja amortecido apenas por bolas de ar. Por isso,  os engenheiros da Nasa no Laboratório de Propulsão a Jato, na Califórnia, conceberam uma espécie de "guindaste" que nos últimos segundos da descida depositará o jipe robô, do tamanho de um automóvel, delicadamente sobre o solo marciano.

Antes deste momento final, a nave espacial será sustentada por um paraquedas gigante e experimentará os sete minutos mais críticos de toda a missão, quando passará de 21.243 km/h a 2,74 km/h.

Se der tudo certo, a Nasa vai poder se gabar de, mais uma vez, vencer a chamada "maldição de Marte” - desde 1960, mais de quarenta missões foram organizadas para estudar nosso vizinho e mais da metade terminou em fracasso.