Matéria escura aprisiona estrelas solitárias, mostra estudo da Nasa
Estrelas que são arremessadas para fora de suas galáxias não ficam vagando perdidas pelo cosmo, mas “presas” em casulos invisíveis de matéria escura, afirma nova pesquisa da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana).
Além de explicar a radiação misteriosa que marca boa parte do céu, e vista apenas em ondas infravermelhas, a descoberta anunciada nesta quinta-feira (25) sugere que a matéria escura, área invisível que só pode ser detectada indiretamente pela força gravitacional que exerce ao seu redor, não é tão escura como pensavam os astrônomos.
“O brilho de fundo infravermelho no nosso céu tem sido um grande mistério. Temos provas de que essa luz é das estrelas que persistem na galáxia”, explica o autor do estudo, Asantha Cooray, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. “Individualmente, elas são muito fracas para serem avistadas, por isso, acreditamos que estamos vendo seu ‘brilho coletivo’."
A equipe de Cooray fez cerca de 250 horas de observações de um pedaço do universo conhecido como Campo de Bootes, que cobre um arco equivalente a 50 Luas. Segundo a pesquisa, dois fenômenos explicam o surgimento dessas estrelas solitárias: no começo do universo, o choque entre galáxias em expansão expulsou algumas estrelas de seus berçários originais. Além disso, os aglomerados também crescem quando engolem galáxias-anãs, um processo confuso que pode favorecer a presença dos corpos errantes.
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