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Pesquisador brasileiro descobre nove espécies novas de aranha caranguejeira

Do UOL

Em São Paulo

31/10/2012 13h24

Nove espécies novas e coloridas de aranhas caranguejeiras foram descobertas na vegetação brasileira da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga por um pesquisador do Instituto Butantan. Dessas, quatro são de um gênero “raro”, com características tão antigas, que pensava-se já ter sido extinto. A descoberta foi publicada na última edição da revista científica Zookeys.

“Em vez das sete espécies conhecidas na região [da Mata Atlântica], nós agora temos dezesseis”, explicou Rogério Bertani, especialista em aranhas do instituto paulista que conduziu o estudo. “De um gênero considerado relíquia, descoberto em 1841, temos cinco espécies agora. Eles são as menores caranguejeiras arborícolas [que vivem em árvores] do mundo.”

Bertani relata no estudo que os novos animais pertencem a três gêneros distintos: Typhochlaena amma, Typhochlaena costae, Typhochlaena curumim, Typhochlaena paschoali, Pachistopelma bromelicola, Iridopelma katiae, Iridopelma marcoi, Iridopelma oliveirai e Iridopelma vanini.

Duas das novas caranguejeiras, Pachistopelma bromelicola e Iridopelma katiae, foram encontradas dentro de Bromélias em cidades da Bahia, algo considerado raro nessas espécies. A explicação, segundo Bertani, pode ser o fato de haver poucas árvores na Chapada Diamantina.