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Pesquisadores dão nome a nova espécie de dinossauro com chifres

Imagem refaz o Xenoceratops foremostensis, dinossauro de grande porte que viveu há mais de 78 milhões de anos no Canadá - Julius T. Csotonyi
Imagem refaz o Xenoceratops foremostensis, dinossauro de grande porte que viveu há mais de 78 milhões de anos no Canadá Imagem: Julius T. Csotonyi

Do UOL, em São Paulo

09/11/2012 06h00

Cientistas divulgaram o nome de uma nova espécie de dinossauro com chifres, os chamados ceratopsídeos, que foi identificada a partir de fósseis coletados em Alberta, província do Canadá, em 1958. Segundo estudo publicado na última edição do Canadian Journal of Earth Sciences, é o dinossauro mais antigo já conhecido no Canadá.

Com cerca de seis metros de comprimento e mais de duas toneladas, o Xenoceratops foremostensis era um dinossauro herbívoro que viveu há mais de 78 milhões de anos na América do Norte. Ele tinha um bico de papagaio e dois longos chifres acima dos olhos, na testa, além de uma grande protuberâncias na parte traseira do crânio com outros duas enormes pontas.

"Os dinossauros de grande porte da América do Norte passaram por uma explosão evolutiva cerca de 80 milhões de anos atrás. O Xenoceratops nos mostra que até mesmo os ceratopsídeos geologicamente mais antigos tinham muitos chifres nas suas cabeças e no seu escudo, e que a ornamentação craniana só se tornaria mais elaborada à medida que as novas espécies evoluíram”, explica o autor do estudo, Michael Ryan, paleontólogo e curador do Museu de História Natural de Cleveland, nos Estados Unidos.

O nome, que une os termos em grego xeno (estrangeiro) e ceratops (cara com chifres), faz menção ao estranho padrão de chifres visíveis no seu crânio e ao vilarejo de Foremost, cidade próxima ao local onde foram encontrados os primeiros fósseis da nova espécie.

“O Xenoceratops nos dá novas pistas sobre a evolução precoce dos ceratopsídeos, o grupo de grande porte de dinossauros com chifres, que inclui o famoso Triceratops ", disse o coautor David Evans, da Universidade de Toronto e curador do Departamento de História Natural do Museu Real de Ontário, no Canadá. "O registro fóssil dos ceratopsídeos mais primitivos permanece escassa, e a descoberta destaca o quanto ainda há para se aprender sobre a origem deste grupo tão diverso."

Este dinossauro é apenas o mais recente de uma série de novas descobertas feitas por Evans como parte de seu projeto Dinossauro do Sudeste de Alberta, que pretende preencher as lacunas sobre o estudo de grandes dinossauros que viveram no fim do período Cretáceo.