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Bola pra frente: como o cérebro lida com a rejeição após um fora?

Cérebro humano libera substâncias para superarmos rejeição social - iStock
Cérebro humano libera substâncias para superarmos rejeição social Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

19/12/2022 04h00

Um estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu como o cérebro humano nos ajuda a levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima depois de um fora.

Os resultados, que foram publicados no periódico científico Molecular Psychiatry, mostraram que um sistema de receptores opioides localizado no cérebro, que é acionado para liberar substâncias químicas contra dores físicas, também entra em ação quando passamos por situações de rejeição social.

Como o estudo foi feito

  • Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram imagens dos cérebros de 18 adultos, obtidas por meio de ressonância magnética.
  • Antes de ter os cérebros escaneados, os participantes observaram imagens de perfis fictícios em sites de namoro e apontaram os que mais lhes agradaram.
  • Na sequência, durante a obtenção das imagens do cérebro, os participantes eram avisados pelos cientistas que haviam sido recusados pelos perfis escolhidos.
  • Neste momento, foi notada a liberação de uma grande quantidade de substâncias químicas no cérebro, em especial em regiões ligadas à percepção de dor física.
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O cérebro nos ajuda a superar um fora num relacionamento
Imagem: Getty Images

Na alegria e na tristeza

O estudo foi pioneiro na investigação do funcionamento do sistema opioide cerebral durante situações de rejeição social.

Até então, só se sabia que opioides eram liberados durante situações de estresse social e de isolamento de animais, mas isso ainda não havia sido observado no cérebro humano.

Curiosamente, a liberação de opioides também ocorreu quando os participantes do estudo foram avisados de que haviam sido aprovados por algum perfil do site de namoros. Isso sugeriu para os cientistas que essas substâncias são liberadas e absorvidas pelo cérebro tanto em situações de diminuição de dor como de aumento de prazer.

Fonte: David T. Hsu, professor de psiquiatria e pesquisador da Universidade de Michigan, EUA.