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Cientista manipula DNA de mamute pré-histórico em células de elefante

Público observa mamute-lanoso de 39 mil anos, exposto em museu do Japão em 2013 - Kiyoshi Ota/Efe
Público observa mamute-lanoso de 39 mil anos, exposto em museu do Japão em 2013 Imagem: Kiyoshi Ota/Efe

Do UOL, em São Paulo

23/03/2015 17h43

Parece, mas não é o Parque dos Dinossauros. O professor de genética na Universidade de Harvard George Church inseriu o DNA de um Mamute-Lanoso em células retiradas de um elefante vivo. Através da técnica de edição de genoma conhecida como Crispr, o cientista conseguiu manipular o genoma do elefante ao adicionar os genes do mamute, retirados de uma carcaça preservada desde a era Ártica. O Mamute-Lanoso foi a última espécie de mamute que se adaptou às regiões mais frias do planeta, como o hemisfério norte, e foi extinto há três mil anos.

Apesar da esperança de clonagem do animal, o professor Church negou qualquer intenção nesse sentido em palestra ministrada em Harvard. O material coletado não seria o suficiente. Os cientistas querem entender melhor como funcionava a resistência do animal ao frio, e, possivelmente, usar isso para criar novas espécies de elefantes mais resistentes ao frio. O mamute vivia em temperaturas abaixo dos 50ºC negativos, acreditam os cientistas.

O grupo de estudos do professor George Church se preocupa em como melhorar espécies para um mundo em constante mudança climática e também foca no potencial da edição genética. A intenção é poder criar resistência em humanos contra doenças e problemas que surgirão no futuro.