Site reúne informações de cientistas que sofreram perseguição na ditadura
Mais de 50 anos depois do golpe militar no Brasil pouco se sabia sobre os cientistas perseguidos durante o período militar (1964-1985) no país. Mais especificamente, sobre 471 acadêmicos que sofreram demissões, aposentadorias compulsórias, inquéritos policiais, prisões e torturas. Estima-se entre 800 e mil o número de pesquisadores perseguidos durante o período, segundo a Comissão Nacional da Verdade.
Parte desta memória será preservada em um site lançado nesta terça-feira (31). O "Ciência na Ditadura" consiste num levantamento dos pesquisadores e professores universitários perseguidos ou que tiveram suas carreiras acadêmicas prejudicadas em função de questões de natureza política e foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST).
Muitos intelectuais tiveram suas carreiras interrompidas, enquanto outros buscaram instituições de ensino e pesquisa no exterior para continuar suas atividades acadêmicas. Para cada cientista, foi elaborado um verbete com informações sobre as violências sofridas e os prejuízos à sua carreira.
Foram consideradas na pesquisa pessoas que trabalhavam como professores universitários, alunos de pós-graduação, pesquisadores atuantes em institutos de pesquisa ou que possuíam uma atividade acadêmica caracterizada por publicações, participações em associações científicas etc. Não há restrições com relação à área acadêmica de atuação, o critério é estar vinculado à universidade na época em que foram vítimas de algum tipo de repressão. Não foram incluídos professores de curso secundário, pessoal técnico ou administrativo das universidades ou estudantes de graduação.
A estimativa da organização é que o número de registros dobre com o tempo.
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