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Brasil e China acertam desenvolver o satélite Cbers-4A

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o diretor da Administração Nacional Espacial da China (CNSA), Xu Dazhe, firmaram na terça-feira (19) um protocolo de intenções para desenvolver e lançar o sexto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-4A) - Divulgação/ MCTI
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o diretor da Administração Nacional Espacial da China (CNSA), Xu Dazhe, firmaram na terça-feira (19) um protocolo de intenções para desenvolver e lançar o sexto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-4A) Imagem: Divulgação/ MCTI

Do UOL, em São Paulo (SP)

20/05/2015 15h23

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o diretor da Administração Nacional Espacial da China (CNSA), Xu Dazhe, firmaram na terça-feira (19) um protocolo de intenções para desenvolver e lançar o sexto Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers-4A). 

Preparado em conjunto pela AEB (Agência Espacial Brasileira) e CNSA o protocolo complementar estabelece as bases jurídicas para a construção conjunta do satélite Cbers-4A, a fim de garantir o fornecimento contínuo de imagens aos dois lados da cooperação e a outras nações. O sexto exemplar do programa Cbers deve ser lançado em 2018, na China.

A divisão das tarefas de desenvolvimento e do montante de investimentos repetem a proporção dos satélites Cbers-3 e 4, com 50% para cada lado. O novo acordo define que os trabalhos de montagem, integração e testes do Cbers-4A sejam realizados nos laboratórios do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP).

O sistema de rastreamento, telemetria e controle do Cbers-4A será semelhante aos dos dois satélites anteriores. Lançado em dezembro de 2013, o Cbers-3 não atingiu a órbita de destino por uma falha no foguete. Já o Cbers-4 está no espaço desde dezembro de 2014. Estabelecido em 1988, o programa obteve sucesso com os exemplares Cbers-1, de 1999, Cbers-2, de 2003, e Cbers-2B, de 2007.

Para o Cbers-4A, o protocolo designou AEB e a CNSA como entidades responsáveis por sua implementação. Já o Inpe e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast) seguem como executores do projeto.

As imagens fornecidas pelos satélites contribuem para monitorar e verificar desmatamentos, desastres naturais e a expansão da agricultura e das cidades, entre outras aplicações. 

Parceria

Ao todo, brasileiros e chineses celebraram 39 acordos no Palácio do Planalto, em áreas como agricultura, comércio, defesa, energia, infraestrutura, inovação, mineração, planejamento estratégico e transporte. O acerto em torno do Cbers-4A é um protocolo complementar ao Acordo Quadro sobre Cooperação em Aplicações Pacíficas de Ciência e Tecnologia no Espaço Exterior.